Potencial de Grande Terremoto no Canadá
A região do Yukon, no Canadá, enfrenta a possibilidade de um grande terremoto, desencadeada pela atividade do Faulte Tintina, que não apresentava grandes movimentos há 12 mil anos. Pesquisadores alertam que essa situação pode mudar em breve.
Estudo Revela Nova Perspectiva
Pesquisadores publicaram seus achados em 15 de julho na revista Geophysical Research Letters, desafiando a noção anterior de que o Faulte Tintina estava inativo nos últimos 40 milhões de anos. Este importante estudo indicou um segmento, com 130 quilômetros de comprimento, do fault que havia gerado terremotos significativos mais recentemente, o último ocorrendo há cerca de 12 mil anos.
Riscos para Comunidades Locais
Com o potencial de um terremoto com magnitude superior a 7.5, pequenas comunidades no Yukon, como Dawson City, que abriga mais de 1.500 habitantes, estão em risco. Os tremores severos podem desencadear deslizamentos de terras e causar danos a infraestruturas, incluindo rodovias e locais de mineração.
Análise Detalhada e Tecnologia Avançada
Nos últimos 20 anos, embora tenham ocorrido alguns pequenos terremotos ao longo do Tintina, não foram detectadas grandes rupturas. Utilizando dados topográficos de alta resolução obtidos através de satélites, aviões e drones, a equipe de Finley mapeará as escarpas do fault, que são indícios da atividade sísmica passada.
Constrangimentos e Perspectivas Futuras
Os pesquisadores descobriram uma série de escarpas de falhas que passam a apenas 20 quilômetros de Dawson City. A análise de formação de terras deixada por incursões glaciares ao longo de 12 mil anos mostrou que a falha acumulou esforços de cerca de 0.2 a 0.8 milímetros por ano, totalizando aproximadamente 6 metros de déficit de deslizamento.
Atenção às Normas de Segurança
Embora Finley aponte que é impossível prever quando um grande terremoto pode ocorrer, a possibilidade evidencia a necessidade de reconsiderar o modelo de risco sísmico do Canadá. O National Seismic Hazard Model (NSHM) não reconhece o Tintina como uma falha sísmica discreta, e os novos dados serão integrados a esses modelos para aprimorar a preparação para terremotos. "Nosso trabalho refina a localização de alguns dos maiores perigos nesse modelo de risco sísmico", conclui Finley.