O aumento das hostilidades contra turistas israelenses no exterior coincide com a continuação da ofensiva de Israel em Gaza. Recentemente, um cruzeiro com israelenses foi alvo de protestos em ilhas gregas, onde manifestantes tentaram impedir o desembarque dos passageiros. A repercussão da situação humanitária em Gaza, marcada por uma crise de fome, exacerba as críticas internacionais a Israel e provoca tensões em diversas partes do mundo.
No incidente mais recente, um grupo de manifestantes na ilha grega de Creta tentou impedir que cerca de 1.500 turistas israelenses desembarcassem do navio Crown Iris. A polícia local se viu obrigada a intervir, resultando em confrontos que levaram à detenção de quatro pessoas. Este ato de hostilidade se soma a uma crescente lista de incidentes similares que têm ocorrido em países europeus, onde turistas israelenses têm sofrido agressões e discriminação.
A pressão sobre Israel aumenta à medida que imagens de crianças palestinas desnutridas se espalham pela mídia, intensificando a indignação mundial e gerando repercussões também dentro de Israel. O chanceler israelense, Gideon Sa’ar, contatou as autoridades gregas para garantir que medidas severas seriam tomadas contra aqueles que hostilizassem turistas. A Grécia, um destino turístico preferido por israelenses, assistiu a um aumento nas manifestações contra a guerra em Gaza, embora, em geral, tenha havido menos protestos do que em outros países europeus.
Enquanto isso, relatos de agressões contra israelenses não se limitam à Grécia. Em Rodes, um grupo de jovens israelenes reclamou ter sido perseguido por homens armados após deixarem uma boate, e em outros locais na Europa, turistas enfrentaram situações similares: expulsões em restaurantes por motivos abertamente anti-israelenses. Um incidente em Nápoles, onde um casal foi expulso de um restaurante, teve grande repercussão nas redes sociais, levantando preocupações sobre o aumento do antissemitismo na Europa.
As agências de viagem estão começando a notar uma mudança nas preferências de turismo dos israelenses, com um aumento significativo nas reservas para destinos considerados mais seguros, como Praga e Budapeste. A insegurança causada por esses episódios de hostilidade afetará, sem dúvida, as escolhas de viagens dos cidadãos israelenses, que buscam evitar locais onde podem ser alvo de discriminação ou violência.
Com a situação em Gaza deteriorando-se e a pressão internacional sobre Israel aumentando, a hostilidade contra seus cidadãos apenas se agrava, exigindo uma reflexão mais profunda sobre o impacto do conflito nas relações internacionais e nas escolhas pessoais de milhões.