O atual modelo de formação de condutores no Brasil enfrenta sérias críticas devido a sua rigidez e regulamentação excessiva, o que gera distorções significativas no acesso à Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O monopólio das autoescolas, respaldado por normas que restringem a livre iniciativa, resulta em altos custos, falta de transparência e barreiras que afetam principalmente as populações de baixa renda.
A intermediação obrigatória e o controle burocrático prevalecem, levando a um cenário que se assemelha a um cartel, em vez de priorizar a autonomia e responsabilidade no trânsito por parte dos cidadãos.
É imperativo repensar a formação de condutores considerando os princípios da livre iniciativa e da economia colaborativa. A digitalização e descentralização da educação, juntamente com o uso de plataformas abertas para capacitação e avaliação, podem quebrar essas barreiras históricas.
Modelos participativos que integrem instrutores autônomos certificados, conteúdos online validados e avaliações públicas podem não apenas reduzir custos e ampliar o acesso, mas também promover uma educação de trânsito mais ética e cidadã. A proposta é mudar o foco da tutela e intermediação compulsória para a formação consciente e livre, alinhada com a Constituição e os avanços da economia digital.
George Santoro