A Flip 2023, que ocorreu nas ruas históricas de Paraty, trouxe à tona a diversidade de seu público por meio de estilos e roupas que refletiram a paixão pela literatura. Com uma combinação de estampas vibrantes e referências culturais, os frequentadores exibiram looks que valorizavam a ancestralidade e a liberdade de expressão. Os calçados mais apropriados foram os tênis e sapatos de solas baixas, adaptados ao calçamento de pedras do Centro Histórico, onde o salto alto foi banido.
O ambiente da festa literária, que atraiu participantes de diferentes regiões do Brasil, foi marcado por debates relevantes e lançamentos de obras, mesmo enfrentando desafios como o frio intenso e alagamentos. A organização reuniu uma diversidade de pessoas que se reuniram para dialogar com autores e participar de discussões significativas. As roupas com estampas ousadas e cores chapadas refletiram essa vivência coletiva.
Nei Lopes, durante a Flip, usou sua plataforma para lançar sua autobiografia, onde critica a lógica atual dos desfiles e a superficialidade de alguns eventos culturais. Outro destaque foi uma mesa com autoras latinas que abordou questões como o feminicídio e questionou a mesmice na literatura dominada por homens, promovendo diálogos importantes e necessários.
Apesar dos contratempos, como os alagamentos que ocorreram no primeiro dia, o evento não desmotivou os visitantes, que aproveitaram para explorar o casario antigo e interagir com a cultura local. Os dias ensolarados, mesmo com o frio atípico, motivaram os participantes a escolherem roupas confortáveis, bem como sacolas que se encheram de livros, simbolizando a intensa troca cultural que ocorre durante a Flip.
O Cantinho Ziraldo, uma instalação na Praça da Matriz, homenageou o renomado ilustrador, cuja obra ainda ressoa entre as crianças, mesmo após seu falecimento. Assim, a Flip não só celebrou a literatura, mas também confirmou o seu papel como espaço de inclusão e diversidade, refletindo as transformações sociais e culturais do Brasil contemporâneo.