Polícia Civil desmantela quadrilha de anabolizantes
A Polícia Civil de São Paulo prendeu ao menos 25 pessoas em uma operação contra uma quadrilha suspeita de fabricar e distribuir anabolizantes em todo o país. A ação, realizada nesta terça-feira (5), destaca São José dos Campos como a base estratégica do grupo criminoso.
Operação revela fabricação clandestina
A investigação teve início após uma denúncia anônima e constatou que os anabolizantes eram produzidos e vendidos sem controle, pela internet, desrespeitando as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os produtos controlados, que incluem substâncias para emagrecimento e ganho muscular, só podem ser fabricados por laboratórios autorizados e vendidos mediante prescrição médica.
Localização estratégica de São José dos Campos
Os chefes da quadrilha utilizavam a cidade como sede, cuja localização geográfica favorecia o grupo. De acordo com o delegado Ronald Quene, São José dos Campos foi escolhida por estar distante de centros tradicionais de controle e armazenamento de produtos ilícitos, servindo como um ponto estratégico na operação do crime. A cidade era a residência real dos líderes do grupo.
Prisão dos cúmplices e busca e apreensão
Na ação, dois homens foram detidos em São José dos Campos, envolvidos nas áreas de marketing e suporte digital da operação clandestina. A polícia cumpriu mandados de busca em diversos bairros, incluindo Vila Adyana, Jardim Aquarius e Urbanova, onde foram recolhidos documentos e computadores. Os materiais apreendidos foram encaminhados para São Paulo para análise aprofundada.
Ampliação das investigações em outros estados
No total, 57 ordens judiciais foram cumpridas em várias localidades, como Guarulhos, Campinas e Jundiaí, além de atividades nos estados do Rio de Janeiro, Bahia e Paraná. Os mandados fazem parte de uma ação abrangente para desmantelar a rede de tráfico que se espalha pelo Brasil.
Movimentação financeira do grupo
O delegado Ronald Quene informou que os pesquisadores identificaram que a quadrilha movimentou cerca de R$ 25 milhões nos últimos cinco anos com suas atividades ilegais. A operação deste dia é uma continuidade das investigações para interromper a distribuição de anabolizantes e outros produtos de forma irregular, que representam riscos à saúde pública.