Nova faixa de isenção do Imposto de Renda aprovada
Na última quarta-feira, o Senado aprovou um projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para aqueles com rendimentos de até R$ 5 mil mensais, uma proposta que deve ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nova medida, que entrará em vigor em janeiro de 2026, também beneficiará trabalhadores que recebem até R$ 7.350, com reduções progressivas do imposto.
Impacto nas faixas de renda
Estudos realizados pelo g1, com apoio da Confirp Contabilidade, mostram que a mudança pode garantir um ganho mensal significativo, como exemplificado para quem recebe R$ 5 mil, que terá um aumento de R$ 312,89 em sua renda, o que equivale a uma economia anual de até R$ 4.067, considerando o décimo terceiro salário. Para aqueles que ganham até R$ 7.350, os benefícios são menores, mas ainda assim produtivos, com ganhos mensais de R$ 46,61 e anuais de R$ 605,87.
Contribuintes de alta renda e novas alíquotas
Além da isenção, o projeto estabelece um novo regime de cobrança para contribuintes de alta renda, que passa a incluir uma alíquota progressiva de até 10% para rendimentos superiores a R$ 600 mil anuais. Essa mudança visa compensar a diminuição de arrecadação resultante da nova faixa de isenção. Para quem tem renda exclusivamente salarial, a tabela não sofrerá alterações significativas.
Simulação de benefícios
Para entender melhor a aplicação das novas regras, o g1 disponibilizou duas calculadoras: uma que simula a isenção do IR e outra para contribuintes de alta renda. Assim, os interessados podem verificar exatamente quanto deixarão de pagar ou pagarão a mais no futuro.
Aumento no número de isentos
Com a nova legislação, a expectativa é que cerca de 10 milhões de novos contribuintes sejam adicionados à lista de isentos do Imposto de Renda em 2026. Isso representa aproximadamente 65% dos declarantes, totalizando mais de 26,6 milhões de isentos no país. Entre eles, estão mais de 15,2 milhões que já estão isentos atualmente e quase 2 milhões que se beneficiam por legislações anteriores.
Implicações financeiras para os cofres públicos
O impacto financeiro da isenção é avaliado em R$ 25,8 bilhões para os cofres públicos em 2026. A nova tributação sobre lucros e dividendos, prevista no projeto, terá como alvo aqueles que ultrapassam R$ 50 mil mensais, garantindo que a arrecadação se mantenha. De acordo com especialistas, a possibilidade de tributação sobre dividendos, que atualmente são isentos, permitirá um equilíbrio nas contas públicas e ajudará a sustentar os benefícios dos contribuintes de menor renda.