Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, manifestou publicamente seu desejo de que Lip-Bu Tan, CEO da Intel, deixe o cargo devido a supostas ligações com a China que poderiam comprometer os interesses dos Estados Unidos. Desde que assumiu a liderança da Intel em março de 2025, Tan vem enfrentando desafios significativos, especialmente em um momento em que a companhia está em crise desde 2024.
A controvérsia em torno do CEO se intensificou após a Cadence Design Systems, empresa que Tan liderou antes de se juntar à Intel, ser acusada de transferir tecnologias para uma universidade chinesa de forma irregular. Autoridades dos EUA levantaram questionamentos sobre a capacidade de Tan em defender os interesses americanos à frente de uma das maiores fabricantes de chips do mundo.
Além da acusação envolvendo a Cadence, a administração de Trump expressou preocupação com diversos investimentos que Tan fez em companhias chinesas, incluindo algumas que mantém vínculos com as forças armadas do país. A Reuters reportou que esses investimentos são superiores a US$ 200 milhões, aumentando as dúvidas sobre a integridade do executivo.
Na manhã dessa quinta-feira, 7 de agosto, Trump usou sua plataforma Truth Social para afirmar: "O CEO da Intel está em grande CONFLITO de interesse e deve renunciar imediatamente. Não há outra solução para esse problema. Agradecemos a sua atenção!" As declarações do ex-presidente não apenas revelam sua posição firme, mas também intensificam a pressão sobre a Intel e sobre a liderança de Tan.
A Intel, por sua vez, respondeu às acusações através de um porta-voz, enfatizando seu comprometimento com a segurança nacional americana e a integridade de suas operações. A empresa não comentou sobre a possível saída de Tan, mas especialistas acreditam que tal movimento seria desastroso, dado que ele se encontra à frente de uma reestruturação crítica em meio a cortes financeiros.
O cenário é delicado para a Intel, que, embora beneficie-se do impulso de Trump para a fabricação de chips nos Estados Unidos, pode correr o risco de perder subsídios fundamentais se discordar do ex-presidente. A demissão de Tan poderia colocar em risco o plano de recuperação da empresa, levando a uma situação ainda mais comprometida em um mercado competitivo e em constante evolução.