O caso de Luigi Mangione, que alega fraude por parte dos promotores de NY na aquisição de seu histórico médico, tomou um novo rumo com a revelação de que seus dados de saúde confidenciais, com 120 páginas, foram compartilhados acidentalmente. Tanto Aetna quanto seus próprios advogados cometeram erros, conforme detalhado em um novo documento judicial.
De acordo com a declaração do promotor Joel Seidemann, a documentação confidencial foi enviada aos promotores de Nova York não uma, mas duas vezes — inicialmente pela Aetna e, em seguida, pelos advogados de defesa de Mangione. Ele descreveu esse incidente como um "duplo erro" em sua comunicação.
"Erros ocorrem", escreveu Seidemann, enfatizando que tanto a defesa quanto a Aetna falharam, mas não ele próprio. Ele articulou que a Aetna enviou erradamente materiais além do que foi solicitado em um subsídio legal limitado, e a defesa também cometeu um erro ao enviar o arquivo completo da Aetna.
Em resposta, a Aetna defendeu sua atuação, afirmando ter respondido a uma intimação legal com os registros médicos solicitados. Phil Blando, diretor de comunicações da CVS Health, matizou que a empresa atuou de acordo com a lei ao fornecer as informações requeridas.
A troca de acusações entre os promotores e os advogados de defesa é um ponto central na disputa em curso sobre os registros médicos de Mangione, um jovem de Maryland acusado do assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, em dezembro. Os advogados de Mangione apontaram que os registros contêm diagnósticos e queixas médicas específicas, levantando preocupações sobre a legalidade do acesso a essas informações.
Seidemann ressaltou em sua intimação que a solicitação inicial foi relativamente limitada, pedindo apenas o número da conta do seguro de saúde de Mangione e o período de cobertura, áreas que a defesa contesta como protegidas pela HIPAA, a Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguros de Saúde. Seidemann, no entanto, argumentou que o número da conta em si não se enquadra nas diretrizes de proteção da HIPAA.
A defesa também criticou Seidemann por não encaminhar os registros ao juiz imediatamente após recebê-los, alegando que ele retendeu as informações por 12 dias. Eles pedem esclarecimentos sobre a decisão da Aetna de enviar os registros diretamente ao promotor. Assim, um pedido foi feito ao juiz da Suprema Corte de Nova York, Gregory Carro, para realizar uma audiência evidencial completa, com depoimentos sob jura e a entrega de correspondências entre Aetna e os promotores.
Além do processo estadual, Mangione também enfrenta uma acusação de homicídio em um indiciamento federal que busca a pena de morte, levando a uma batalha nos tribunais sobre qual caso deve ser julgado primeiro. O tribunal estadual parece estar avançando mais rapidamente, o que oferece certa vantagem, embora os promotores federais também tenham controle físico sobre o réu e փորձում trazê-lo a julgamento em 2026.