O ex-prefeito de Salvador, Mario Kertész, está prestes a lançar seu novo livro, intitulado Riso—Choro (e tudo mais que vem no meio), que promete revelar os bastidores da política baiana e trazer detalhes inéditos sobre sua trajetória. Com lançamento marcado para setembro de 2025, a obra também aborda memórias afetivas e histórias de sua família.
Kertész, que foi nomeado prefeito por Antônio Carlos Magalhães (ACM) em 1979, ainda no período da ditadura, narra em seu livro a transição de afilhado político a opositor do influente governador baiano. O rompimento entre eles ocorreu quando Kertész declinou o apoio a Clériston Andrade para governador, o que resultou em sua exoneração. "Você sabe o que vai acontecer?", indagou ACM, ao que Kertész respondeu: "Claro, o senhor vai me demitir". Logo depois, acordou na manhã seguinte com a notícia de sua demissão, que leu no Diário Oficial como tendo sido feita 'a pedido', frase à qual ele contesta, afirmando que nunca a fez.
No livro, Kertész não economiza nas crônicas sobre sua relação com ACM, descrevendo a situação com ironia: "Sacana como ele era, não poderia ter sido diferente". O prefácio é assinado pelo renomado jornalista Jânio de Freitas e a publicação é da editora Edufba.
Além da política, Riso—Choro também mergulha nas memórias de Kertész, um homem que é conhecido por ser o tipo de pessoa que chora de rir. A obra promete momentos de leveza, contrastando com a complexidade do mundo político, levando o leitor a questionar se, em algumas ocasiões, Kertész estaria gargalhando ou aos prantos.
Este lançamento é muito esperado, não só pela relevância do autor na história política da Bahia, mas também pela forma como ele consegue misturar o humor e a seriedade, proporcionando uma visão única sobre a relação entre política e vida pessoal.