Azul se prepara para deixar recuperação judicial
A companhia aérea Azul está otimista com sua recuperação financeira e projeta sair do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos até dezembro. Em setembro, a empresa planeja apresentar seu plano de reestruturação, que inclui a devolução de até 30 aeronaves que estão paradas e gerando custos de aluguel.
Resultados financeiros positivos
No segundo trimestre de 2025, a Azul reportou uma receita operacional de R$ 4,9 bilhões, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. O CEO, John Rodgerson, atribuiu essa melhora à atuação em rotas de maior demanda e à otimização da frota, que inclui o encerramento de operações em 14 cidades no Brasil.
Aeronaves paradas e custos sobre a empresa
Rodgerson destacou que as aeronaves paradas representam um peso financeiro significativo, com custos de aluguel sem geração de receita. "A recuperação judicial é para tirar aquele peso do passado dos nossos ombros", afirmou. A devolução de aeronaves em excesso é uma das estratégias para tornar a Azul uma companhia mais eficiente, mirando um futuro com uma frota reduzida, mas com novas aquisições programadas.
Encerramento de rotas não lucrativas
Como parte do plano de reestruturação, a Azul encerrou operações em 53 rotas consideradas não lucrativas, o que resultou na eliminação de voos em 14 cidades. Apesar disso, a empresa está planejando uma maior oferta de assentos e voos para a alta temporada, adaptando sua malha aérea para atender a demanda crescente, especialmente a partir de hubs como o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
Financiamento e cronograma da recuperação
A recuperação judicial, aprovada em maio, inclui um financiamento de US$ 1,6 bilhão que será utilizado para eliminar dívidas e custear operações durante o processo. A Azul informou que, até agora, não houve objeções às suas propostas nas audiências realizadas. O vice-presidente institucional da companhia, Fábio Campos, mencionado que o cronograma está sendo seguido conforme o planejado, com a expectativa de encerramento do processo em dezembro.
Preparação para novas operações
Apesar das dificuldades enfrentadas, a Azul está se preparando para um crescimento modesto e sustentável no futuro. A empresa continuará a reavaliar suas operações em resposta à demanda do mercado, com constante planejamento para manter a competitividade no setor aéreo. Além disso, serão investidos recursos para aumentar operações em destinos estratégicos como Porto Alegre.