As ações da Intel dispararam nesta sexta-feira, impulsionadas pela notícia de que o governo dos EUA pode adquirir uma participação na empresa. A expectativa vem após críticas do ex-presidente Donald Trump ao CEO da Intel, Lip-Bu Tan, por supostas relações com a China.
Os papéis da Intel subiram até 5%, somando aos ganhos que já haviam sido registrados na sessão anterior. Apesar de enfrentar um ano volátil e de estar atrás de concorrentes como AMD e Nvidia, as ações da Intel ainda apresentam um aumento de 23% até o momento em 2023.
A melhora nas ações segue um relatório da Bloomberg que sugere que o governo dos EUA está considerando um investimento. O encontro entre Donald Trump e Lip-Bu Tan parece ter gerado a proposta, mas detalhes ainda estão sendo avaliados. Fontes indicam que o governo federal pode pagar uma quantia significativa pela participação na Intel.
Este cenário se dá em um contexto onde o governo já estabeleceu acordos com a Nvidia e AMD, exigindo que essas empresas paguem 15% de suas receitas com chips na China ao Tesouro dos EUA.
Outros casos de intervenção do governo em empresas privadas incluem os planos do Departamento de Defesa dos Estados Unidos de adquirir participação no MP Materials, uma empresa de mineração de terras raras.
Embora não tenha havido anúncios formais sobre um acordo entre a Casa Branca e a Intel, a mudança de tom de Trump em relação a Tan, que antes chamou o CEO de "altamente conflitante" e pediu sua renúncia, parece indicar uma disposição para cooperação. Se a aquisição se concretizar, poderá permitir à Intel expandir suas operações de fabricação de chips nos EUA, fortalecendo sua posição em um setor tecnológico chave.
Nos últimos cinco anos, a Intel enfrentou dificuldades, com suas ações perdendo quase metade de seu valor, mesmo em um momento em que a demanda por semicondutores disparou devido à crescente popularidade da inteligência artificial.