O treinador Ricardo Drubscky lembrou episódios marcantes de sua carreira em uma entrevista para o quadro Área Técnica, do ge. Em uma conversa que durou quase duas horas, ele trouxe à tona a turbulenta saída do Athletico-PR em 2012, revelando também um incidente complicado com o ex-atacante Valdir Bigode durante sua passagem pelo Atlético-MG em 1999.
Drubscky, que tem mais de 40 anos de experiência no futebol, lembrou que gerir um grupo de jogadores é uma das maiores dificuldades para um treinador. Em relação ao incidente com Valdir Bigode, o treinador destacou: "O jogador foi intolerante e interferiu muito. Eu estava defendendo o clube e não tive o respaldo que merecia. Chegamos a quase sair no braço".
Além de reviver esse momento de tensão, o técnico também se orgulhou de sua contribuição ao revelar Gilberto Silva, um jogador que se destacou no América-MG. Drubscky contou que, apesar de deixar o volante por último para avaliar, percebeu imediatamente sua qualidade em campo: "O menino não erra. O tempo de bola dele é perfeito e ele trouxe estabilidade ao time na Copa de 2002".
A entrevista trouxe à tona sua breve e conturbada passagem pelo Villa Nova-MG, onde foi demitido no vestiário logo após uma derrota por 6 a 1. Drubscky expressou sua indignação, dizendo: "Mandar um treinador embora no vestiário é um descalabro". Ele também comentou sobre a pressão que enfrentou no Atlético-MG em 2004, onde correu para casa após os jogos para evitar hostilidades de torcedores frustrados com o desempenho do time.
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Drubscky ainda falou sobre a conquista da Série D pelo Tupi em 2011, que ele considera um marco em sua carreira e na história do clube. "Foi determinante para minha trajetória", afirmou. Em meio a desafios e demissões inesperadas, o treinador continua a buscar sua paixão pelo esporte e a explorar novas maneiras de persistir na competitiva realidade do futebol brasileiro.
Com um olhar atento sobre os jogadores que passou, ele fez questão de ressaltar a importância da formação e gestão de talentos. "Os times menores também têm a sua grandeza e suas próprias valências. O que importa é a dedicação e o esforço para que todos estejam no mesmo barco".
Drubscky compartilhou suas histórias com esperança de contribuir para a discussão sobre a ética no esporte e a necessidade de transformar a cultura do futebol brasileiro, enfatizando que um sistema mais justo é necessário para a valorização dos treinadores e jogadores.