Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos armados em resposta às recentes movimentações dos Estados Unidos, que deslocaram três navios de guerra para a costa venezuelana. Esta ação americana visa combater gangues envolvidas no tráfico de drogas.
Em uma declaração nesta terça-feira (19/08), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo dos Estados Unidos "usará todo o poder americano" para evitar a entrada de substâncias ilícitas no país. A mobilização dos navios USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson foi confirmada pela agência Reuters, com a previsão de chegada em até 36 horas.
Leavitt afirmou que "o regime de Maduro não é o governo legítimo da Venezuela" e o descreveu como "um cartel narcoterrorista". Ela ressaltou que Maduro é um fugitivo indiciado por tráfico de drogas nos EUA, reforçando a posição do governo americano em relação ao atual líder da Venezuela.
Como parte das novas hostilidades, o governo americano aumentou a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões, destacando sua importância como um dos maiores narcotraficantes do mundo, segundo o governo dos EUA.
Essa situação é acompanhada de perto por analistas, uma vez que, no início do mês, foram promovidas trocas de prisioneiros entre os EUA e a Venezuela, indicando um possível deslocamento nas relações bilaterais, apesar do contexto de tensão.
Em resposta à "ameaça bizarra" dos EUA, Maduro procurou reforçar a presença de suas milícias, que foram criadas por seu antecessor, Hugo Chávez, como força de apoio ao governo. O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, assegurou que o país está "mobilizado em todo o Caribe, em nosso mar, em nossa propriedade".
Assim, a situação atual evidencia a escalada de tensões entre EUA e Venezuela, com Maduro buscando se afirmar no poder enquanto enfrenta pressões externas e internas.