Desafios da Justiça Brasileira no Cenário Atual
Recentes processos judiciais no Brasil revelam uma complexa rede de erros e abusos, levantando debates fundamentais sobre a função da Justiça no país. A análise dos julgamentos efetuados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e as repercussões das decisões tomadas pela Justiça Federal de Curitiba associam-se de forma preocupante.
Os Problemas Históricos da Operação Lava-Jato
A Operação Lava-Jato, que teve papel central na política brasileira, foi marcada por sérios problemas de incompetência da Justiça e imparcialidade de juízes como Sergio Moro e Marcelo Bretas. Ambos, com interesses pessoais e políticos claros, permitiram-se participar ativamente das investigações, comprometendo a legitimidade dos processos que estavam julgando.
Em reconhecimentos posteriores, o STF apontou que se a competência não é adequadamente estabelecida e o juiz carece de imparcialidade, não se pode validar sequer a análise judicial, independentemente da gravidade das provas apresentadas.
Uma Nova Perspectiva do Mesmo Problema
O contexto atual evidencia que, mesmo após anos, os problemas persistem. Grupos políticos anteriormente opostos agora trocam de lugar, com a direita, antes defensora das violações perpetradas pela Lava-Jato, se colocando como alvo de abusos. A esquerda, que outrora sofreu com tais arbitrariedades, parece agora endossar as novas práticas.
Gestão da Justiça e Duplo Grau de Jurisdição
Os casos atuais que tramitam no STF, relacionados aos golpistas, não só repetem os erros do passado, mas trazem a agravante de impossibilitar a apelação a instâncias superiores, evidenciando uma clara falta de competência. A jurisprudência internacional pontua que todo réu deve ter o direito ao duplo grau de jurisdição, o que está em risco.
A Interferência Externa como um Desafio Crítico
Um problema ainda mais grave é a presença de interferências externas. Há uma preocupação crescente de que influências de governos estrangeiros possam comprometer a autonomia do Judiciário brasileiro. Essa situação não apenas prejudica o sistema judiciário, mas levantam sérias questões sobre a soberania nacional.
Conforme observado, aceitar imposições de outra nação sobre como os juízes devem decidir, seria equivalente a desmantelar o próprio sistema judiciário brasileiro, entregando a jurisdição a forasteiros.
*João Bernardo Kappen é advogado criminal