O Encanto de Esther Bonder no Mercado de Arte
A artista carioca Esther Bonder, conhecida por suas paisagens oníricas, tem atraído a atenção do mercado de arte com suas criações. Formada em arquitetura e pupila do renomado paisagista Burle Marx, ela apresenta uma profunda conexão com a natureza por meio de suas obras, que refletem espiritualidade e filosofia.
Exposições e Mostras Contemporâneas
Recentemente, suas obras foram expostas na Art Rio e na Casa de Cultura Laura Alvim. Esther continua a conquistar admiradores com a intensidade de suas pinturas, que mesclam paisagismo e arte em uma expressão hipnotizante. No primeiro semestre do ano, lançou a exposição "Tanto mar", participou da SP Arte e expôs no Casa Bontempo, em São Paulo. Em breve, ela apresentará novas obras na mostra "O sopro do mundo", curada por Marcello Dantas, e na Art Rio, com a Galeria Marília Razuk, onde levará dez quadros.
A Jornada Artística de Esther Bonder
Casada com o rabino e escritor Nilton Bonder e mãe de três filhos, Esther tem um percurso curioso até chegar à pintura. Inicialmente, trabalhou com paisagismo, onde teve a oportunidade de acompanhar Burle Marx. Em uma reflexão sobre sua trajetória, ela diz: "Vivemos de sua expiração", referindo-se à conexão intrínseca entre os seres humanos e a natureza.
A Influência da Natureza na Arte
Esther chegou a abrir um quiosque no Leblon, além de assinar o paisagismo de grandes hotéis e shoppings. Um episódio marcante lhe fez mudar de perspectiva: ao cortar flores, sentiu que elas "estavam gritando", levando-a a estudar neurologia vegetal. Essa experiência transformou sua abordagem artística, direcionando-a para um caminho de instalações, esculturas e pinturas refletivas.
A Visão de Curadores e a Representatividade de Esther
A curadora Christiane Laclau, da plataforma Artmotiv, destaca a personalidade suave de Esther, que contrasta com a força de suas obras, que trazem uma intensa reflexão sobre filosofia e espiritualidade. Essa busca constante por conexão com a natureza e a vida é evidente nas obras da artista.
Reflexões sobre a Vida e a Liberdade Criativa
Aos 62 anos, Esther também reflete sobre suas próprias transformações, especialmente após a saída dos filhos de casa. Ao apresentar suas obras, destaca a analogia entre ciclos de vida e natureza, como exemplificado em uma escultura que criou, simbolizando a evolução e transformação, assim como as mulheres na menopausa: "Não encerramos a nossa existência e, sim, entramos em outro período".
A Influência do Marido Rabino
Esther compartilha ainda que sua convivência com o esposo Nilton, uma figura proeminente na comunidade judaica, influenciou sua arte. Embora não se considere religiosa, aprecia a espiritualidade, destacando a importância do diálogo entre suas vivências e a expressão artística. Nilton observa a habilidade de Esther em entrelaçar elementos orgânicos e inanimados, criando paisagens que desafiam a percepção da realidade.
A Opinião de Outros Curadores
A curadora Ana Carolina Ralston também elogia o trabalho de Esther, especialmente suas séries que retratam a natureza a partir de memórias, evidenciando a forte conexão com o meio ambiente. Com inspirações no surrealismo, a artista entrega uma obra que transcende barreiras religiosas e espirituais.