Os reservatórios que abastecem a Grande São Paulo registraram em 2025 os menores níveis de água dos últimos dez anos. O volume atual, de 41,6%, é alarmante e reacende as preocupações sobre racionamento, embora a Sabesp tenha confirmado que não há risco iminente devido a obras de sistemas de transposição que melhoraram a capacidade de abastecimento.
A atual situação é comparável ao período crítico da crise hídrica de 2015, quando os reservatórios chegaram a ter apenas 11,8% de sua capacidade. Neste ano, a Sabesp notou uma queda significativa nas precipitações, com julho apresentando apenas 27% da média esperada de chuvas, afetando diretamente os níveis de água armazenados.
Segundo Samanta Souza, diretora de relações institucionais e sustentabilidade da Sabesp, "estamos tranquilos em relação à segurança hídrica que a Sabesp estabeleceu ao longo dos últimos anos". Embora a situação críticas em termos de volume de água, as melhorias implementadas, como a interligação Jaguari-Atibainha, ajudaram a aumentar a capacidade de abastecimento.
Essas obras incluem a transferência de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul, localizando-se majoritariamente no Rio de Janeiro, para ajudar a alimentar o sistema Cantareira, vital para a região. Adicionalmente, houve a transposição do Rio Itapanhaú, ampliando a oferta de água para o sistema Alto Tietê, entre outros aumentos na produção de mananciais.
A Sabesp reiterou a importância da colaboração da população para a economia de água, fundamental em um cenário de precipitações menores. O que se espera agora é que, apesar dos baixos níveis, a conscientização e o uso responsável do recurso possam garantir a segurança hídrica para a metrópole.
Portanto, a população é sempre convocada a se unir a essas iniciativas, compreendendo que cada gota conta, especialmente em tempos de escassez como este.