Leticia Paul, uma jovem de 22 anos, faleceu em decorrência de um choque anafilático durante a realização de uma tomografia com contraste em um hospital de Rio do Sul, Santa Catarina. O incidente, que chocou familiares e amigos, ocorreu em 20 de agosto de 2025, e gerou questionamentos sobre a segurança dos procedimentos médicos realizados.
Natural de Lontras, uma cidade de cerca de 12,8 mil habitantes, Leticia havia se graduado em Direito há apenas cinco meses e sonhava em atuar no ramo de negócios imobiliários. Sua tia, Sandra Paul, relembra com carinho a personalidade vibrante da jovem. "Ela amava direito, era estudiosa e tinha certeza de que seria uma referência no meio jurídico", comentou à reportagem do g1.
Após o exame, Leticia foi entubada, mas não resistiu ao choque que ocorreu menos de 24 horas após o procedimento. O Hospital Regional Alto Vale, onde a tomografia foi realizada, informou que segue todos os protocolos clínicos estabelecidos. A equipe médica ressaltou que reações alérgicas como estas são extremamente raras, representando menos de 0,01% dos casos, segundo a alergista Jane da Silva.
A documentação produzida pelo hospital expressa pesar pela perda e solidariedade à família. Leticia era conhecida por sua simpatia, adorava jogar beach tennis e era fã da dupla Henrique e Juliano, atividades que a conectavam com amigos e entes queridos. O funeral foi realizado na Casa Mortuária Jardim Primavera, em Rio do Sul, seguido pela cremação em Balneário Camboriú.
A alergista Jane da Silva destacou que o choque anafilático é uma reação alérgica grave e que os pacientes devem sempre informar suas condições de saúde e histórico de alergias antes de realizarem exames com contraste. Ela frisou a importância do diagnóstico correto da hipersensibilidade, que deve ser feita com acompanhamento especializado.
O g1 questionou se a Polícia Civil ou o hospital estavam realizando uma investigação sobre o caso, mas até a última atualização não houve respostas sobre esse processo. A comunidade local e os familiares de Leticia ainda estão em estado de choque, refletindo sobre a fragilidade da vida e a necessidade de cuidados em procedimentos médicos.