Detenção histórica na Hyundai-LG Geórgia: o que aconteceu
Uma operação de imigração em grande escala resultou na detenção de quatrocentos e setenta e cinco trabalhadores na fábrica de baterias da Hyundai, em parceria com a LG, localizada em Geórgia. A unidade ainda está em construção e deve abrir na primeira metade do próximo ano. A ação foi descrita pelas autoridades como a maior operação de fiscalização conduzida em um único local na história das investigações de Homeland Security.
Quem foi detido e por que a operação ocorreu?
De acordo com um funcionário do Departamento de Segurança Interna, a operação integra uma investigação criminal em curso sobre alegações de práticas de emprego ilegais e outros crimes federais. O objetivo é apurar irregularidades envolvendo empregadores e terceiros contratados que atuam no empreendimento.
- Majority of detainees were Korean nationals, according to the official.
- A detenção incluiu muitos subempreiteiros.
- Até o momento da coletiva, não havia acusações formais apresentadas contra os detidos.
O projeto e o valor investido
O complexo de baterias da Hyundai-LG em Geórgia faz parte de um investimento total de sete bilhões e seiscentos milhões de dólares na região, que inclui uma planta de produção para veículos elétricos e híbridos plug‑in, além de modelos da Genesis e da Kia. A unidade está prevista para entrar em operação na primeira metade do próximo ano.
Reações das empresas envolvidas
A Hyundai Motor Company informou estar ciente da ação de fiscalização ocorrida no canteiro de obras da fornecedora HL-GA Battery Company, em Bryan County, Geórgia. A empresa disse que está acompanhando a situação para entender as circunstâncias específicas e, com base no entendimento atual, nenhuma das pessoas detidas é diretamente empregada pela Hyundai Motor Company.
“Estamos comprometidos com o pleno cumprimento de todas as leis e regulamentos em todos os mercados onde operamos.”
Chris Susock, chefe de manufatura da Hyundai North America, ficará responsável pela gestão do site na Geórgia, assegurando que os subempreiteiros sigam as regulamentações. “À medida que continuarmos a investir na manufatura americana e criarmos milhares de empregos, o faremos em total conformidade com a lei dos EUA e de modo a refletir nossos valores de tratar todas as pessoas com dignidade e respeito.”
Cooperação com autoridades e outras respostas
Do lado da LG, um porta-voz afirmou que a empresa está em estreita cooperação com as autoridades, destacando que a segurança de empregados e parceiros é a prioridade e que a empresa continuará colaborando com as autoridades competentes.
Em uma atualização sobre o assunto, também foi destacado que, na operação, a ATF Atlanta se juntou a outras agências como a Homeland Security Investigations, o FBI, a DEA, o ICE, a GSP e outras para a ação, que resultou na apreensão de quatrocentos e cinquenta imigrantes ilegais, reforçando o compromisso com a segurança da comunidade.
Contexto internacional e político
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul expressou preocupação e pesar sobre o ocorrido, conforme reportado pela Yonhap. O porta-voz Lee Jae-woong afirmou que as atividades econômicas de empresas que investem nos EUA e os direitos de seus nacionais não devem ser violados de forma injusta.
Impactos no cenário político e econômico dos EUA
Desde o início do segundo mandato do ex-presidente Donald Trump, agentes da ICE realizaram prisões em diversos locais do país, incluindo uma fábrica de processamento de carne em Omaha, uma empresa de equipamentos de incêndio em Kings Mountain e um hipódromo na Louisiana. Trabalhadores temporários em frente a lojas Home Depot também foram alvos de ações, segundo relatos da época.
“Trump administration officials have reportedly pushed for a goal of making a minimum of three thousand immigration-related arrests per day.”
Segundo o mesmo contexto, Trump assinou, em julho, uma lei que fornece à ICE recursos adicionais para efetuar detenções, incluindo capacidade para manter uma média diária de cem mil indivíduos sob custódia. Este conjunto de medidas reforça a percepção de uma agenda de endurecimento migratório.
Implicações para acordos comerciais e a cadeia de suprimentos
A operação ocorre pouco mais de um mês após o anúncio de um acordo comercial entre os EUA e a Coreia do Sul. O acordo prevê uma tarifa de quinze por cento na maioria das importações dos EUA vindas da Coreia do Sul, incluindo automóveis, em troca de tratamento livre de tarifas para muitos produtos norte-americanos.
Perspectivas futuras
As organizações ressaltam que o investimento em manufatura nos EUA continuará, com a Hyundai destacando que a gestão do site na Geórgia está sob supervisão de um líder de operações.
“As we continue to invest in American manufacturing and create thousands of jobs, we will do so in full accordance with US law and in a manner that reflects our values of treating all people with dignity and respect.”A empresa reafirma o compromisso com cumprimento das leis locais e com a responsabilidade social nas suas cadeias de suprimentos.