Lead Paulo César Franco, de 46 anos, morreu após ser espancado por um adolescente de 17 anos em Pirangi, SP. O caso é alvo de investigação pela Polícia Civil, que registrou como ato infracional de homicídio. O jovem foi apreendido e encaminhado à Fundação Casa de Ribeirão Preto.
Contexto do caso
Familiares descrevem o pintor como uma pessoa alegre, dedicada à arte e à vida, cuja trajetória mereceu ser lembrada pela comunidade. Daniela Cristina Ferreira Franco, cunhada da vítima, ressaltou que Paulo era “totalmente do bem” e que, além de pintor, era filho, tio e amigo de todos que o rodeavam. Ela enfatizou que Paulo tinha defeitos como qualquer pessoa, mas sua bondade se sobressaía, fazendo dele uma “explosão de vida”.
“O Paulo era uma pessoa totalmente do bem. Além de ser pintor, o Paulo era filho, tio, amigo, companheiro. O Paulo tinha todos os defeitos, como a gente também tem, mas ele se sobressaía na bondade, do coração bom. O Paulo era alegre, amava viver, era uma explosão de vida.”
Segundo a cunhada, no dia das agressões o menor foi visto no mesmo hospital onde Paulo recebeu atendimento. Ela relatou que o garoto demonstrava calma e se recusou a explicar o motivo do espancamento. A testemunha descreveu ainda que vítima e agressor não se conheciam.
“Com uma calma muito grande, uma plenitude como se ele não tivesse feito nada, como se ele estivesse ali simplesmente para ser atendido. Aquilo que ele provocou ele já tinha esquecido.”
O que aconteceu na execução do ataque
As imagens da violência, registradas em vídeo, mostram o momento em que o adolescente aborda Paulo César e desferi um soco no rosto dele, fazendo-o desmaiar. Em seguida, o agressor bate repetidamente a cabeça da vítima contra a parede, e, ao deixar o local, pisa na coluna do pintor, ainda no chão e aparentemente inconsciente.
Socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Paulo foi levado a um hospital em Catanduva, onde foi identificado o traumatismo craniano. Apesar de cirurgias e cuidados, ele não resistiu à parada cardiorrespiratória ocorrida nesta quinta-feira.
Procedimentos legais e motivação
A motivação do crime é objeto de investigação pela Polícia Civil. O caso foi registrado como ato infracional de homicídio, e o adolescente permanece apreendido, sob custódia da Fundação Casa, conforme determinações da Justiça.
Repercussão familiar e memória
A família de Paulo organizou o velório e o sepultamento em Pirangi. Daniela destacou a forma como ele lidava com a vida e a dor, reforçando a imagem de um homem que fazia a diferença entre amigos, familiares e vizinhos.
“O Paulo era alegre, amava viver, era uma explosão de vida.”
Perspectivas futuras
O caso segue em apuração pela Polícia Civil, que busca esclarecer as circunstâncias do episódio e a motivação do agressor. A instituição informou que continuará acompanhando o desenrolar do processo, mantendo a sociedade informada sobre novos desdobramentos.