Lucas Antonio de Lacerda, 39 anos, foi morto a tiros dentro de um carro em São José, na Grande Florianópolis, na tarde desta segunda-feira. O veículo ficou com o para-brisa marcado por disparos de arma de fogo. A Polícia Civil trabalha com diferentes hipóteses na investigação e ainda não houve prisões até a manhã desta terça-feira. Lucas era professor de língua portuguesa em um cursinho preparatório.
Detalhes do crime e do local
O ataque ocorreu em frente a uma padaria na região, com o carro da vítima apresentando vários impactos de tiros no para-brisa. A atuação policial está na fase inicial, e não foram divulgados dados sobre suspeitos ou motivações. O delegado Diego Parma destacou que as hipóteses permanecem abertas e que nenhuma linha de investigação está descartada.
Em princípio, não há indícios que aponte para isso [relação com o processo criminal], mas como eu disse, nenhuma hipótese está descartada– completou o delegado Diego Parma.
Perfil da vítima
Lucas Antonio de Lacerda era licenciado em letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e mestre em linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Além de lecionar, atuava como professor de língua portuguesa em um cursinho preparatório. Em nota, o Gaia Curso e Colégio lamentou a morte do profissional, destacando que era amigo leal, profissional sério e pai amoroso, além de estar atento aos alunos e às famílias. A instituição ressaltou que a cidade perde um educador dedicado, deixando uma saudade imensa.
Amigo leal. Profissional sério. Pai amoroso. Atento aos alunos e às famílias. Deixa em nós uma saudade imensa— nota do Gaia Curso e Colégio.
Contexto legal envolvendo a vítima
Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Lucas era réu em um processo criminal por homicídio culposo no trânsito. A ação tramitava na Vara Criminal do Foro do Continente, na comarca da capital. O processo foi aberto em 15 de julho deste ano, após um acidente ocorrido há cerca de um ano em Florianópolis, que resultou na morte de um motociclista. A denúncia foi aceita pelo juiz Renato Guilherme Gomes da Cunha em 18 de julho. Lucas apresentou defesa por meio de advogado, alegando ineptidão da denúncia, ausência de provas da autoria e ausência de fundamentação na decisão que recebeu a denúncia. Os pedidos foram negados e o processo seguiu, com audiência de instrução e julgamento marcada para 24 de junho de 2026.
Investigação em andamento e próximos passos
A investigação ainda está em fase inicial, com todas as hipóteses em aberto. Não houve prisões até a manhã de terça-feira (16). A polícia não divulgou dados sobre possível relação entre o crime e o processo criminal do professor, mantendo as investigações em curso.
Perspectivas futuras
O caso permanece sem solução até o momento, e as autoridades ressaltam a necessidade de cautela enquanto novas informações surgem. A expectativa é de que as investigações avancem e tragam mais esclarecimentos sobre motivação, possíveis suspeitos e o desfecho do processo judicial envolvendo a vítima.