Em uma movimentação significativa, as negociações de paz entre Israel e o Hamas estão programadas para iniciar neste domingo (5) no Cairo, com a mediação do Egito e dos EUA. O enviado americano Steve Witkoff e Jared Kushner, genro de Donald Trump, farão parte das tratativas que buscam encerrar a guerra na Faixa de Gaza e garantir a libertação de reféns, algo que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, espera que ocorra em breve.
As tratativas, que começam oficialmente na segunda-feira (6), já estão sendo discutidas, conforme afirmou um representante do governo de Trump. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, divulgou que 90% do acordo proposto está finalizado e que há uma expectativa para a implementação rápida da primeira fase da proposta, que envolve a logística da libertação dos reféns israelenses.
O Hamas aceitou libertar reféns israelenses, porém as exigências da proposta ainda permanecem em aberto. Um porta-voz do grupo palestino expressou o desejo de um resultado positivo, com a expectativa de que a libertação dos reféns inicie imediatamente em troca da soltura de prisioneiros palestinos mantidos em Israel.
A pressão para avançar nas negociações aumenta à medida que se aproxima o segundo aniversário do ataque do Hamas contra Israel, ocorrido em 7 de outubro de 2023. Netanyahu reiterou sua intenção de que todos os reféns sejam trazidos de volta nos próximos dias e enviou sua equipe de negociadores ao Egito para ajustes finais.
Conforme relatado por veículos de comunicação, incluindo o canal Al-Qahera News, as negociações irão ocorrer de forma indireta, com cada lado buscando a libertação de prisioneiros. Donald Trump, em um posicionamento firme, advertiu que qualquer atraso na implementação do seu plano não será tolerado. O plano inclui um cessar-fogo imediato, a libertação de reféns em até 72 horas, a retirada gradativa do exército israelense de Gaza, o desarmamento do Hamas e o exílio de combatentes do grupo.
Na véspera do evento, o Hamas se mostrou aberto para negociações e o presidente americano pediu a Israel que suspendesse os bombardeios em Gaza para facilitar a retirada dos reféns. Contudo, os ataques israelenses continuaram, resultando em várias mortes civis, conforme relatórios da Defesa Civil da região.
As manifestações populares por paz continuaram em Jerusalém e Tel Aviv, com cartazes pedindo a libertação dos reféns. Muitos demonstrantes clamam por um término do conflito, enquanto em Gaza, a situação humanitária se agrava. O plano de paz de Trump propõe ainda a criação de uma autoridade de transição governamental e o envio de uma força internacional, excluindo o Hamas da governança do território.\nO grupo, no entanto, manifestou interesse em participar das discussões sobre o futuro de Gaza.
De acordo com estatísticas, o ataque de 7 de outubro resultou em mais de mil mortes, a maioria civis do lado israelense, enquanto a retaliação israelense causou mais de 67 mil mortes em Gaza, a maioria também entre civis, conforme dados do Ministério da Saúde do Hamas, que são considerados confiáveis pela ONU.