Após mudar-se para Alabama por conta do emprego do marido, Alyssa Hakanson enfrentou a solidão e percebeu que a chave para fazer amigos estava em criar oportunidades de interação.
Em 2023, anos após a mudança, Alyssa se sentiu isolada, a mais de 400 milhas de sua cidade natal e sem uma rede social. Com isso, decidiu se dedicar a fazer amizades e começou a participar de aulas, eventos de networking e a promover encontros sociais.
Ela percebeu que, ao tomar a iniciativa de planejar eventos – desde aulas de cerâmica a encontros para fazer doces – conseguia atrair pessoas com interesses semelhantes. "Se eu estou disposta a ser a que faz os planos, minha capacidade de conectar com os outros cresce exponencialmente", disse Alyssa, que também começou a organizar pequenas festas temáticas, como as de produtos da estação.
Durante anos, ela ficou em casa pensando que ninguém a convidava para sair, mas notou que muitas pessoas estavam apenas esperando que alguém tomasse a iniciativa. Assim, começou a organizar regularmente encontros, como festas de Halloween e jantares mensais com amigos, atraindo uma comunidade calorosa ao seu redor.
Ausente de reciprocidade em alguns momentos, Alyssa reflete sobre a quantidade de trabalho que envolve ser a organizadora. Envolve tarefas administrativas, como coordenar agendas, enviar convites e preparar cardápios, mas ela vê isso como um investimento em amizades e em sua tão desejada "família escolhida".
Alyssa se questiona, no entanto, sobre o tempo que pode manter esse papel. "Se minha capacidade de coordenar encontros diminuir, será que alguém tomará essa responsabilidade?" Essa dúvida a leva a ponderar sobre o que pode transformar alguns amigos participantes em organizadores, criando um ciclo de amizade mais equilibrado.