Katia Pagani, viúva do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, expressou confiança nas autoridades ao falar sobre o assassinato do marido, ocorrida em Praia Grande, São Paulo. A execução, realizada em 15 de setembro, chocou a comunidade local e resultou na prisão de seis pessoas, enquanto um dos possíveis atiradores foi morto em confronto com a polícia e outros dois suspeitos seguem foragidos.
Em entrevista ao g1, Katia afirmou que está atenta ao desenvolvimento das investigações: “Tenho certeza que [a polícia] vai resolver [o crime]. Ele merece isso”, revelou. O crime completou um mês no dia 15 de outubro, e a viúva mantém esperança de que a Justiça será feita.
Ruy Ferraz Fontes foi assassinado depois de um dia de trabalho como secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande. De acordo com testemunhas e investigações iniciais, a ação dos criminosos durou menos de 40 segundos, e a tentativa de escapar por parte do ex-delegado foi infrutífera. Ele foi cercado por criminosos armados e baleado em plena rua.
Katia e Ruy compartilhavam uma união estável de seis anos e meio, e ela descreveu o marido como “muito cuidadoso, atencioso e dedicado”." Ele tinha um papel importante na família, tratando a enteada como uma filha: “Sempre preocupado com nossa rotina em casa e nossa saúde”, disse.
Em relação ao legado deixado por Ruy, Katia destacou seu comprometimento com o serviço público e a luta contra a criminalidade, mencionando sua carreira de mais de 40 anos na Polícia Civil onde ocupou a posição de delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022. Atuou no combate contra o crime organizado e foi pioneiro nas investigações sobre facções criminosas, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A cronologia dos eventos do dia do assassinato revela que a ação foi meticulosamente planejada. Os criminosos se posicionaram em um ponto estratégico e, ao avistar Ruy, dispararam diversos tiros. Durante a ação, a tia e o sobrinho dele também foram feridos. Os jovens foram rapidamente atendidos e encaminhados para uma Unidade de Pronto Atendimento.
No que se refere aos suspeitos do crime, a polícia confirmou a prisão de vários deles, incluindo aqueles ligados ao PCC. No entanto, a investigação ainda prossegue para localizar os foragidos e desmantelar toda a rede envolvida no crime. Enquanto isso, Katia continua a acompanhar os desdobramentos e mantém a esperança de que a Justiça prevalecerá.