No Brasil, os custos do curso de Medicina têm alcançado patamares alarmantes, com mensalidades que podem chegar até R$ 15.777,76. Esse valor é praticado pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio), localizada no Rio de Janeiro, e se destaca como uma das opções mais onerosas do país. Aproximadamente 283.594 estudantes estavam matriculados no curso de Medicina em 2024, posicionando-o como o nono em número de matrículas no Brasil.
Conforme dados do g1, o curso de Medicina figura entre os mais caros do Brasil, com todas as universidades que compõem o ranking das 10 mais custo acima de R$ 12 mil. Para o Dia do Médico, comemorado em 18 de outubro, a pesquisa detalhou as mensalidades praticadas por diferentes instituições, com a maioria cobrando valores que ultrapassam os R$ 12 mil mensais, refletindo a demanda e a concorrência por vagas disponíveis.
Um levantamento revelou a seguinte lista das universidades com as mensalidades mais altas para 2026:
- Universidade do Grande Rio (Unigranrio) - Barra da Tijuca (RJ): R$ 15.777,76
- Universidade Veiga de Almeida - UVA - Botafogo (RJ): R$ 14.900,00
- Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) - Curitiba (PR): R$ 14.718,13
- Faculdade São Leopoldo Mandic - Campinas (SP): R$ 14.578,00
- Centro Universitário Ingá (UNINGÁ) - Maringá (PR): R$ 14.087,24
- Faculdade São Leopoldo Mandic - Araras (SP): R$ 13.878,00
- Faculdade São Leopoldo Mandic - Limeira (SP): R$ 13.878,00
- Universidade São Francisco (USF) - Bragança Paulista (SP): R$ 13.762,56
- Universidade do Grande Rio (Unigranrio) - Duque de Caxias: R$ 13.122,99
- Centro Universitário Claretiano (Ceuclar) - Rio Claro (SP): R$ 12.799,00
O cenário de concorrência para as vagas de Medicina é igualmente desafiador. De acordo com o Censo da Educação Superior, em 2024, houve 51 candidatos por cada nova vaga nas instituições públicas, que ofertaram 13.698 novas vagas, ocupadas em 97%. Em contrapartida, a rede privada apresentou uma taxa de ocupação de 92,3% com 41.715 vagas. Esta disparidade ilustra a pressão que os estudantes enfrentam ao buscar uma oportunidade no setor.
O Brasil se posiciona como o segundo país com o maior número de faculdades de Medicina no mundo, com 494 escolas médicas registradas conforme levantamento recente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Contudo, o aumento da oferta de cursos de Medicina não tem acompanhado o crescimento coerente de vagas públicas, sendo que 80% das 50.974 vagas anuais estão em instituições privadas.
Um fator que deve ser levado em conta é que, apesar da criação de novos cursos ter sido autorizada pelo Ministério da Educação entre 2024 e 2025, esse processo enfrenta desafios, pois a iniciativa do Programa Mais Médicos está suspensa até nova revisão por parte das autoridades competentes. O futuro das novas efetivações no mercado de Medicina permanece incerto, impactando a formação de novos profissionais e a demanda pela profissão.