Jovem é baleada e fica paraplégica em Santos
Uma grave ocorrência de violência resultou na paraplegia de uma jovem em Santos, litoral de São Paulo. O ataque, seguido de uma tentativa de feminicídio, ocorreu ao sair da academia, quando a vítima foi alvejada nas costas. O ex-marido da jovem, George Antonio Lunardi, foi preso e admitiu ter solicitado que a autora dos disparos, identificada como Elisabete Cristina Matias, proporcionasse um "susto" na vítima.
Crime planejado e execução do ataque
Nos dias seguintes à execução do crime, uma investigação aprofundada revelou detalhes sobre a trama. De acordo com informações da Polícia Civil, Elisabete e sua filha, de apenas 15 anos, foram contratadas por George para realizar a ação violenta. O delegado assistente, Wagner Camargo Gouveia, informou que a prisão de Elisabete poderá esclarecer se houve pagamento envolvido para a execução do crime.
Sequência do ataque capturada por câmeras
Câmeras de segurança registraram várias etapas do ataque na Rua Cecília Meirelles, no Bom Retiro, onde o ex-marido da vítima foi visto com o veículo sem lanternas e uma placa coberta. Perto das 22h13 do dia 3 de setembro, ele e as duas mulheres posicionaram-se estrategicamente aguardando a jovem sair da academia.
Momentos decisivos do crime
Ao sair da academia, a jovem se deparou com Elisabete, que a intimidou gritando: "Vai tomar uns pipocos agora". Por volta das 22h37, Elisabete disparou contra a jovem, atingindo suas costas. Após o primeiro tiro, mais quatro disparos foram ouvidos enquanto a jovem caía no chão, resultando em sua paraplegia.
Fuga e desdobramentos
Após o tiroteio, Elisabete e sua filha retornaram ao veículo de George, que foi rastreado até a casa do ex-marido. Contudo, ainda não se sabe quem estava ao volante. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado imediatamente e levou a jovem ao pronto-socorro, onde ela permaneceu internada por quase dois meses.
Desdobramentos legais e depoimentos
George foi preso temporariamente em 9 de setembro, após a polícia encontrar o carro utilizado no crime em sua residência. Um mandado de prisão e um pedido de internação foram expedidos contra Elisabete e sua filha, que continuam foragidas. A vítima relatou chronicamente ser ameaçada por George, que utilizou vídeos para chantageá-la, tendo um histórico de violência doméstica registrado.
Agravamento da situação da vítima
A jovem recebeu alta hospitalar após um longo internamento, mas agora enfrenta as consequências da violência e a nova condição de paraplegia. A polícia continua buscando as foragidas, e a investigação prossegue para elucidar todos os aspectos e responsáveis por essa tentativa de feminicídio. A situação reflete a necessidade urgente de discutir e enfrentar a violência doméstica em todas as suas nuances.
A paraplegia, que significa a perda total ou parcial da mobilidade na parte inferior do corpo, é uma condição extremamente debilitante, enquanto a luta da jovem pela justiça e recuperação continua.
A jovem afirma que nunca havia conhecido as mulheres envolvidas no crime, revelando um contexto complexo de ameaças e manipulação por parte do ex-marido.