Recentemente, o Brasil foi abalado pela prisão de Ana Paula e Roberta Veloso Fernandes, gêmeas acusadas de assassinato. As irmãs, de 36 anos, foram detidas sob a suspeita de envenenar e matar quatro pessoas em São Paulo e no Rio de Janeiro. A revelação desses crimes trouxe à tona a história de outros casos aterrorizantes de associações criminosas entre parentes no Brasil e no exterior.
Casos Reais de Serial Killers em Família
No mês seguinte à prisão das gêmeas, um levantamento do g1 apresentou outros cinco casos de parentes que também se tornaram serial killers, tanto no Brasil quanto no exterior. Os especialistas foram ouvidos para oferecer uma análise mais profunda sobre esse fenômeno. Entre os crimes mais notórios, destacam-se os dos irmãos Ibraim e Henrique Oliveira, conhecidos como "irmãos necrófilos".
A História das Gêmeas Serial Killers
Ana Paula e Roberta são acusadas de assassinatos, incluindo o de Neil Corrêa da Silva em Duque de Caxias e de Marcelo Hari Fonseca em Guarulhos. A polícia ainda investiga se as gêmeas também são responsáveis pela morte de 14 cães, além de confissões perturbadoras de Ana Paula sobre envenenamento. As investigações apontam que as gêmeas podem ter um padrão de prazer ao cometer tais crimes, intensificando a inquietação pública.
Os Irmãos Necrofílicos
Trinta e quatro anos antes das gêmeas, Ibraim e Henrique Oliveira já eram alvo de incredulidade popular e pânico com suas práticas macabras, que incluíam assassinatos e necrofilia. Entre 1991 e 1995, eles mataram pelo menos oito pessoas e tiveram relações sexuais com os cadáveres. A duo aterrorizou a cidade de Nova Friburgo, levando a uma mobilização massiva de policiais e voluntários em busca deles.
Análise de Especialistas
Especialistas em criminologia discutem que a participação de parentes em crimes em série pode ter raízes psicológicas e comportamentais complexas. A escritora Ilana Casoy destaca que um serial killer comete múltiplos assassinatos em busca de satisfazer necessidades psicológicas. Segundo o psiquiatra Daniel Barros, da USP, a psicopatia pode se manifestar entre parentes devido a fatores genéticos e ambientais. Esses fatores tornam cada caso único e complexo, revelando que o crime não é apenas um ato individual, mas pode ser um comportamento que se perpetua dentro de uma estrutura familiar.
Casos Internacionais e Contexto Histórico
A equipe do g1 também listou casos internacionais que refletem esse padrão de comportamentos criminosos em família. Entre eles, destaca-se a família Tarverdiyeva, da Rússia, conhecida por assassinar e esquartejar múltiplas vítimas, e as irmãs González, do México, que lideraram uma operação criminosa envolvendo prostituição e assassinatos. Nos Estados Unidos, os irmãos Briley foram responsáveis por uma série de homicídios que chocaram a nação.
A Notoriedade e o Impacto na Sociedade
Esses casos têm gerado um interesse incessante do público e da mídia, em parte pela atenção que crimes hediondos em família atraem. A complexidade da dinâmica familiar envolvida provoca uma reflexão sobre as origens do mal, a natureza humana e as circunstâncias que podem levar indivíduos aparentemente normais a cometer atrocidades em conjunto. O que se pode aprender com esses casos é uma questão que permanece em aberto, enquanto novos desdobramentos da psicologia criminal continuam a emergir.