O presidente da Generalitat Valenciana, Carlos Mazón, apresentou oficialmente sua carta de renúncia, encerrando sua gestão. A decisão foi anunciada em uma declaração institucional, onde ele fez um apelo ao PP e ao Vox para que escolham um novo presidente. "Já não posso mais", admitiu, expressando claramente o peso que sua posição tinha sobre ele.
A renúncia de Mazón gerou reações instantâneas entre os líderes de seu partido e da oposição. Santiago Abascal, presidente do Vox, avaliou que a saída de Mazón representa uma "entrega de um balão de oxigênio a Pedro Sánchez", enquanto Alberto Núñez Feijóo, líder do PP, classificou a decisão como "a escolha certa" e instou o Vox a facilitar rapidamente a eleição de um novo presidente.
Embora Mazón tenha optado por renunciar, ele não esclareceu os prazos para sua saída. O ainda presidente comentou que realizará uma "consulta médica" e se afastará temporariamente de suas atividades. No entanto, continuará como deputado, mantendo seu status de aforado, e não convocará eleições antecipadas.
A demissão de Mazón ocorre em um momento delicado, coincidindo com a declaração da jornalista Maribel Vilaplana perante a juíza de Catarroja. Vilaplana revelou que durante as quase quatro horas em que esteve com Mazón no restaurante El Ventorro, ele não parou de receber chamadas e mensagens, algo que pode complicar ainda mais a situação.
Essa situação levanta questões sobre os próximos passos do PP e Vox na escolha de um novo líder, além do impacto que essa mudança pode ter no futuro político da região da Valência. Para Mazón, que enfrentou desafios significativos em seu mandato, o caminho a seguir é incerto, mas seu legado como presidente certamente permanecerá em discussão dentro da política espanhola.