Uma mulher de 24 anos foi presa nesta segunda-feira (3) em Barretos (SP) por realizar um esquema de estelionato, enganando pelo menos cinco pessoas com falsas promessas de emprego. Luana Ferreira se apresentava como engenheira da usina Raízen, afirmando que era necessário efetuar pagamentos de taxas e adquirir cursos fictícios para conseguir um emprego. O prejuízo total para as vítimas chega a aproximadamente R$ 20 mil.
As investigações da polícia revelaram que a suspeita possuía um crachá da empresa em sua residência, indicando uma atuação contínua em atividades fraudulentas. "O crachá encontrado evidencia a participação da suspeita na prática do crime", destacou o delegado Gustavo Rodrigo Lopes Coelho. A prisão foi realizada preventivamente, após a Justiça expedir um mandado contra Luana.
A Polícia Civil informou que a investigada utilizou redes sociais e contatos telefônicos para atrair suas vítimas. Luana Ferreira foi abordada e negou as acusações, argumentando que sempre prestou serviços de maneira legitima e que os cursos eram apenas sugestões para capacitação.
Em nota, a Raízen alertou a população sobre a possibilidade de fraudes e deixou claro que todos os seus processos seletivos são transparentes, não envolvendo pagamentos ou vantagens indevidas. A empresa enfatizou que está disposta a colaborar com a investigação.
A prisão de Luana foi cumprida após um mandado judicial, e ela deverá passar por uma audiência de custódia na terça-feira (4). O advogado da suspeita, Chafei Amsei Neto, expressou surpresa com a decisão da Justiça, afirmando que Luana nunca foi funcionária da usina e que todas as suas ações foram mal interpretadas.
Na tentativa de justificar sua atuação, Luana disse que apenas indicava cursos para amigos que desejavam se qualificar e concorrer a vagas na usina. A defesa se opõe à alegação de estelionato, afirmando que não houve qualquer prejuízo comprovado aos envolvidos.
A polícia havia realizado uma busca e apreensão na casa da suspeita em 15 de outubro, onde o crachá foi encontrado. As investigações continuam, com a possibilidade de surgirem mais vítimas.