Resposta do Governador a Críticas de Trump
O governador do Pará, Helder Barbalho, rebateu críticas feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a construção da Avenida Liberdade, que atravessa uma área de floresta no estado. Trump, em um post nas redes sociais, destacou que a obra representava uma devastação da floresta amazônica, o que Barbalho refutou, propondo que Trump deveria focar na luta contra as mudanças climáticas.
Contexto da Polêmica
A crítica de Trump surgiu no dia 9 de novembro de 2025, quando ele se referiu à construção da Avenida Liberdade como um escândalo. Ele afirmou que "devastaram a floresta do Brasil para construir uma rodovia de quatro pistas para ambientalistas". Esta obra, segundo o governo brasileiro, não tem ligação com a conferência COP 30, que deve começar em Belém no dia seguinte.
Chamado à Ação e Propostas
Em sua resposta, Barbalho destacou a importância do combate ao desmatamento, lembrando que o Pará obteve resultados significativos nessa área, com uma redução de 12,4% no desmatamento apenas no último ciclo anual. O governador também aproveitou para convidar Trump a comparecer à COP 30, oferecendo um tacacá, uma iguaria local, ao dizer que "é melhor agir do que postar".
Derrubada de Floresta e Controvérsias Jurídicas
A construção da Avenida Liberdade promete impactos significativos, como a supressão de 72 hectares de floresta. A Defensoria Pública do Estado do Pará argumenta que a obra pode ter avançado sem um devido processo de escuta das comunidades locais, resultando em uma ação civil pública que questiona a condução do projeto. O procurador do Estado, João Palacius, admite pendências em relação à indenização das famílias afetadas, embora a Secretaria de Meio Ambiente garanta que a licença ambiental foi concedida após um rigoroso processo de análise.
Impacto da Ausência dos EUA na COP 30
A polêmica em torno da Avenida Liberdade também evidencia a ausência dos Estados Unidos na COP 30, um fator que pode deixar o país isolado em discussões sobre mudanças climáticas. Desde sua volta à presidência, Trump tem adotado uma postura contrária a acordos internacionais, como o Acordo de Paris, e não enviará representantes de alto nível para a conferência. Essa situação confere ao Brasil, e em especial ao Pará, uma nova oportunidade para assumir um papel de liderança nas questões ambientais.
Perspectivas Futuras para o Pará
Enquanto Trump continua a desmerecer acordos multilaterais e minimiza as ameaças do aquecimento global, o estado do Pará busca transformar seu protagonismo ambiental em investimentos e parcerias globais, aproveitando a visibilidade trazida pela COP 30. Com 65% das obras da Avenida Liberdade concluídas, as autoridades locais estão otimistas quanto à capacidade de compensar impactos ambientais, destacando o diálogo com a população e as comunidades tradicionais.