O Internacional perdeu uma grande oportunidade de estreitar sua luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro ao empatar em 2 a 2 com o Bahia, no último sábado (8), no Beira-Rio. O resultado deixa o clube em uma situação delicada, mas a polêmica maior surgiu a partir das declarações do treinador Ramón Díaz após a partida.
Em entrevista coletiva, ao ser questionado sobre a anulação de um gol de Carbonero pelo VAR, o técnico fez um comentário infeliz e machista: "O futebol é para homens, não é para meninas". Esta afirmação imediatamente gerou repúdio nas redes sociais e entre os jornalistas presentes, refletindo uma perspectiva ultrapassada sobre o esporte e o papel das mulheres nele.
A sensação de desconforto não é nova para o treinador. Em 2024, quando dirigia o Vasco, ele também causou controvérsia ao criticar uma árbitra mulher que esteve à frente do VAR em um jogo contra o Grêmio. Naquela ocasião, Ramón disse: "O futebol é diferente. Principalmente que o VAR seja decidido por uma mulher", mostrando uma visão que parece não reconhecer a evolução e a igualdade de gênero no esporte.
Após o tumulto gerado por suas declarações mais recentes, o técnico procurou jornalistas na saída do estádio, tentando esclarecer suas palavras e se desculpando. Ele argumentou que havia sido mal interpretado e que se referia ao fato de que uma única pessoa não deve ter o poder de decisão em situações tão críticas como as que envolvem o VAR.
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Com mais um resultado decepcionante, a torcida do Internacional teme a aproximação do rebaixamento. A equipe ainda está a quatro pontos do primeiro time dentro da zona de rebaixamento, o Santos, que possui dois jogos a menos. Além de um desempenho em queda, o time de Ramón Díaz não vence há cinco partidas, o que torna a próxima partida contra o Ceará, no dia 20 de novembro, às 20h30 (de Brasília), na Arena Castelão, crucial não apenas para a classificação, mas também para a moral da equipe.
O impacto das declarações de Ramón Díaz transcende o campo, indicando como certos estereótipos ainda persistem no futebol. A esperança é que o esporte continue a avançar em direção à inclusão e igualdade, refletindo a diversidade de seu público e a realidade contemporânea.



