Após uma década vivendo no exterior, André Neveling reflete sobre as complicações emocionais de ser expatriado e a perda de um sentido de lar. Neveling, que deixou sua vida como editor de revistas na África do Sul em 2015, passou por várias cidades como Dubai, Abu Dhabi, Singapura, Hong Kong e, atualmente, Thailand. Ele compartilha suas experiências sobre como a vida de expatriado, embora recheada de oportunidades e aventuras, trouxe desafios emocionais profundos e um sentimento de ‘sem lugar para pertencer’.
A Diferença Entre Adaptação e Sacrifício
Em seu relato, Neveling destaca que o verdadeiro desafio associado à vida no exterior não é apenas se adaptar a culturas diferentes ou enfrentar a burocracia, mas reconhecer o que foi perdido ao longo dos anos. O conceito de "lar" se tornou nebuloso, e ele se descreve como um turista permanente, mesmo em sua terra natal, a África do Sul.
A Crise de Identidade
Uma das questões mais desafiadoras que Neveling enfrenta é a pergunta simples "De onde você é?" Ele se vê em uma crise de identidade, incapaz de se identificar claramente com seu país de origem, ao mesmo tempo em que seu coração é dividido entre os lugares onde viveu. Ele reflete sobre o fato de que, após tantas mudanças, se sente como se tivesse uma espécie de "sem-teto internacional".
Desconexão Familiar
Outro impacto significativo de sua vida como expatriado é a desconexão com sua família e amigos de longa data. Neveling revela que a vida de seus irmãos na África do Sul seguiu adiante sem ele, e ao retornar para uma celebração de aniversário, percebeu que havia se tornado um estranho para seus sobrinhos e sobrinhas. Este distanciamento é especialmente doloroso quando ele percebe que não está presente nos momentos formativos da vida dessas crianças.
O Desvanecimento da Rede de Apoio
Neveling também fala sobre a deterioração de sua rede de apoio, algo que é comum entre expatriados. Ele descreve como aqueles que costumavam ser seus pilares de suporte, como amigos e familiares, mudaram e seguiram em frente com suas vidas. A ideia de ter um "plano B" em casa se torna ilusória, pois a vida de todos continua sem pausar para a sua ausência.
Reflexões Finais e Perspectivas Futuras
Com essas experiências, Neveling conclui que a vida de expatriado não é apenas um capítulo da sua vida, mas talvez o livro inteiro. Ele convida outros a compartilharem suas próprias narrativas sobre a vida na Ásia, destacando que os desafios enfrentados por expatriados como ele são profundos e incitam muitas reflexões sobre pertencimento e identidade.
Essa diretriz de compartilhamento oferece a chance de conectar pessoas que vivem experiências semelhantes, refletindo a profundidade da vida expatriada.