O ano de 2025 chega ao fim com o River Plate atravessando uma crise profunda. A equipe, sob o comando de Marcelo Gallardo, acabou sendo eliminada do Torneio Clausura pelo Racing, fechando um ciclo marcado por vexames e falta de títulos. A sequência de cinco jogos sem vitórias e a ausência na próxima edição da Libertadores reforçam a necessidade de uma reformulação na equipe.
Após a derrota para o Racing, o clima no River Plate é de total desânimo. O clube aguarda se conseguirá uma vaga na Libertadores de 2026, o que agora depende de uma vitória do rival Boca Juniors no Clausura. As eliminatórias mostraram a fragilidade da equipe, que, apesar de ter um histórico de riqueza e tradição no futebol argentino, não conseguiu transformar esses atributos em resultados concretos em 2025.
Na Argentina, a temporada é dividida em dois torneios: Apertura e Clausura. Os campeões de cada um garantem uma vaga na principal competição da América do Sul. No entanto, o River, que já foi um gigante do futebol, viu sua trajetória ensombrecida por clubes menores. Para se classificar diretamente para a Libertadores em 2026, teria que conquistar o Clausura, mas a eliminação precoce nas oitavas de final deixou a equipe em apuros.
A partir de agora, sem jogos até o próximo ano, o River Plate precisa concentrar suas esperanças na campanha dos rival Boca Juniors ou Argentinos Juniors. Caso um deles conquiste o Clausura, o River pode garantir uma vaga extra na Libertadores por ter terminado como 4º colocado na tabela anual.
O River Plate é tradicionalmente o clube mais rico da Argentina, com um enorme número de sócios e um estádio modernizado. Contudo, os resultados em campo não condizem com seu investimento. Torcedores começaram a clamar pela saída de jogadores depois das recentes eliminações e, segundo reportagens locais, Gallardo, o técnico, começou a informar jogadores experientes como Enzo Pérez e Nacho Fernández que não farão parte dos planos para 2026.
A decisão de reformular a equipe também envolve a saída de outros atletas essenciais. O elenco do River teve um desempenho abaixo do esperado, e mesmo as contratações de jovens como Juan Portillo e Matías Galarza, que custaram cerca de 8,5 milhões de euros, levantaram críticas, já que os novos reforços não conseguiram se destacar nos momentos decisivos.
A pressão sobre Gallardo é intensa. Apesar do seu contrato ter sido renovado, ele acumula uma série de derrotas nas competições em 2025. O River Plate disputou seis competições ao longo do ano, sem conquistar nenhum troféu. As perdas incluem derrotas na Supercopa e Libertadores, e o desapontamento na Copa do Mundo de Clubes, realizada nos Estados Unidos.
O panorama se torna mais preocupante quando se observa que rivais menores têm levantado troféus em um cenário onde o River Plate, apesar de seus investimentos, não consegue sequer se classificar para competições importantes. A chamada "barca" que se aproxima pode incluir não apenas jogadores, mas também um redirecionamento na filosofia do clube.
Para o River Plate, o ano de 2025 termina como um divisor de águas, com a necessidade de repensar sua estratégia e valorização dos talentos e da tradição. A última chance para salvar a temporada efetivamente se concretizou em um jogo de suma importância contra o Boca Juniors, onde a derrota por 2 a 0 selou seu destino na corrida pela Libertadores.
Agora, o foco se volta para os próximos passos e a esperança de que a equipe possa navegar em águas mais tranquilas e deixar a crise atual para trás. Resta saber se Boca Juniors ou Argentinos Juniors atenderão ao desejo do River Plate de retornar ao cenário principal do futebol sul-americano.