A Nova Parceria da xLight com o Governo dos EUA
A startup xLight, especializada em tecnologia avançada de fabricação de chips, está prestes a receber um investimento significativo do governo americano, que pode chegar a até R$ 150 milhões. Este investimento marca a terceira ocasião em que o governo dos EUA opta por adquirir participação acionária em uma startup privada, utilizando fundos previstos na Lei de Chips e Ciência de 2022.
O financiamento, administrado pelo Departamento de Comércio, poderá tornar o governo o maior acionista da xLight, embora o acordo ainda seja preliminar e sujeito a mudanças. Até o momento, administrações anteriores também haviam realizado investimentos em empresas renomadas como Intel, MP Materials e Lithium Americas.
A iniciativa gerou reações cautelosas no Vale do Silício, que é conhecido por sua ética libertária. Alguns investidores de capital de risco expressaram preocupações sobre a competitividade frente a startups apoiadas pelo governo. Com sede em Palo Alto, a xLight pretende inovar o processo de fabricação de semicondutores através do desenvolvimento de lasers acionados por aceleradores de partículas, que podem desafiar o monopólio da ASML em máquinas de litografia ultravioleta extrema.
Com Nicholas Kelez, um veterano em computação quântica e laboratórios governamentais, atuando como CEO e Pat Gelsinger, ex-CEO da Intel, como presidente executivo, a visão da xLight é ambiciosa. A empresa busca criar máquinas que operam em comprimentos de onda significativamente menores, o que poderia melhorar a eficiência e reduzir o consumo de energia na produção de chips.
Essa parceria mais recente é apresentada pelo Secretário de Comércio, Howard Lutnick, como crucial para a segurança nacional e a liderança tecnológica dos Estados Unidos. No entanto, essa abordagem levanta questões sobre o equilíbrio entre uma política industrial visionária e a capitalização estatal.