Aena expande atuação no Reino Unido com aquisição de aeroportos
A Aena, gestora aeroportuária espanhola, fortalece sua presença no mercado aéreo britânico com a recente aquisição de uma participação majoritária nos aeroportos Leeds Bradford e Newcastle. Através de um acordo com a InfraBridge, a empresa comprou 51% da sociedade holding responsável por esses aeroportos, totalizando um investimento de 270 milhões de libras (aproximadamente 309 milhões de euros), conforme comunicado divulgado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).
Esse movimento é parte da estratégia de expansão da Aena, que já ostenta uma participação de 51% no aeroporto de Londres Luton, consolidando seu compromisso com o fortalecimento das infraestruturas aeroportuárias de alta qualidade no Reino Unido desde 2004.
A aquisição está sujeita a condições regulatórias habituais e espera-se que seja finalizada no segundo trimestre de 2026. A empresa informou que a InfraBridge Investors manterá os 49% restantes da nova sociedade após a transação.
O aeroporto Leeds Bradford, localizado no centro-norte da Inglaterra, se destacou por ter gerido 4,3 milhões de passageiros no exercício fiscal de 2025, com receitas alcançando 56,5 milhões de libras. Este terminal é conhecido pelo tráfego turístico europeu e pela presença da companhia aérea Jet2.com, que atua na região desde 2003 com uma frota de 16 aeronaves.
Enquanto isso, o Newcastle International, situado no nordeste da Inglaterra, cobre uma área que beneficia 3 milhões de pessoas e não apresenta concorrentes significativos num raio de 100 milhas. Em 2024, o aeroporto registrou 5,2 milhões de passageiros e receitas de 89,5 milhões de libras, destacando um EBITDA de 50,2 milhões de libras, com um perfil diversificado de companhias aéreas na rota turística europeia.
“Com esta operação, Aena reforça sua posição junto aos grupos de interesse locais. Os três ativos gerenciaram, em seus exercícios fiscais respectivos, um total de 26,6 milhões de passageiros, representando 9% de participação no mercado,” afirmou a empresa.
A Aena também esclareceu que não há um requisito de investimentos mínimos, permitindo que os desembolsos se adaptem às demandas de tráfego. A empresa pretende priorizar a execução de planos de crescimento e a manutenção das infraestruturas, garantindo sua operacionalidade no cumprimento das normas de segurança e proteção ambiental.
O atual Plano Estratégico da Aena enfatiza que as operações corporativas a serem realizadas devem sempre gerar valor tanto para acionistas públicos quanto privados.