Após ser resgatado de debaixo de uma casa na cidade de Itacajá, no Tocantins, um jabuti-piranga passará por um período de quarentena no Centro de Fauna (Cefau), que é gerenciado pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
Durante essa fase, o animal será submetido a uma série de exames, que incluem bioquímicos, hemograma e uma avaliação comportamental. O objetivo é entender as condições do jabuti e decidir se ele pode ser libertado novamente na natureza.
A veterinária Mayumi Caetano Matuoca forneceu informações sobre o estado do jabuti, mencionando que ele apresenta uma deformidade no casco, mas seu comportamento se mostra normal. A resiliência desse animal chamou a atenção ao ser descoberto após um tempo prolongado em uma situação inusitada.
O incidente que levou ao resgate do jabuti ocorreu no início de fevereiro, quando um casal começou a cuidar de uma possível infiltração no piso de sua casa. Ao quebrar o chão, eles se depararam com a surpreendente descoberta de que um jabuti estava soterrado sob a estrutura. De acordo com a moradora, o animal pode ter permanecido ali por cerca de 10 anos sem ser notado.
Em comentários sobre a sobrevivência do jabuti, o biólogo Aluísio Vasconcelos de Carvalho explicou que a espécie é capaz de entrar em estivação, um estado de dormência que ajuda a reduzir o consumo de energia e evita a desidratação em épocas de calor intenso e seca.
As tartarugas são amplamente conhecidas pela sua lentidão, com uma velocidade média de apenas 0,040 km/h. Essa característica, aliada à proteção que o casco oferece contra predadores, significa que elas não têm a necessidade de correr para sobreviver.
Esses animais podem viver por até 150 anos e são classificados como onívoros, o que significa que se alimentam tanto de vegetais quanto de pequenos animais. O jabuti não é o único animal menos rápido do mundo, existem outros também notáveis por sua lentidão.