A Marinha do Brasil estava em busca de um robusto Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) que a colocasse no caminho da modernização. No entanto, enfrenta atualmente um desafio orçamentário significativo que exige otimização para atender às ambições desse programa essencial. O projeto, em colaboração com o governo francês, prevê a construção de quatro submarinos convencionais e um submarino nuclear, todos sendo desenvolvidos no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro, com entregas programadas entre 2025 e 2029.
O PROSUB é crucial para o fortalecimento da Força de Submarinos da Marinha. Até agora, dois submarinos convencionais, o "Riachuelo" e o "Humaitá", já estão operacionais, demonstrando os avanços até aqui alcançados. Para 2025, o "Tonelero" está programado para realizar testes em grandes profundidades, enquanto o "Angostura" se prepara para ser lançado ao mar em março e iniciar suas operações em dezembro.
Os desafios orçamentários persistem, principalmente em relação ao Programa Nuclear, que recebeu R$ 600 milhões para 2025, com o foco na construção do reator do primeiro submarino nuclear brasileiro, denominado "Álvaro Alberto". Este projeto já apresenta 26,3% de sua construção concluída. O PROSUB, por sua vez, conta com um investimento total de R$ 1,51 bilhão, destinado não apenas à construção dos submarinos, mas também ao fortalecimento da indústria naval nacional.
Esses projetos têm um impacto estratégico e econômico significativo para o Brasil. A capacidade de defesa marítima do país está se fortalecendo e, ao mesmo tempo, a construção dos submarinos em Itaguaí já gerou mais de 20 mil empregos diretos e cerca de 40 mil indiretos. Além disso, a tecnologia nuclear que está sendo desenvolvida pode encontrar aplicação em diversas áreas, incluindo saúde e agricultura, mostrando que o programa vai além da segurança nacional e se torna um motor de inovação e desenvolvimento econômico.