No dia 28 de março de 2025, a Força Aérea de Israel executou um bombardeio nos subúrbios do sul de Beirute, marcando o primeiro ataque pesado na região desde a trégua estabelecida com o Hezbollah em novembro de 2024. Este movimento ocorre em resposta ao lançamento de foguetes do Líbano em direção ao território israelense, sinalizando uma escalada no já tenso cenário entre as duas partes.
As autoridades israelenses afirmaram que o alvo do ataque era uma instalação de armazenamento de drones do Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã. Antes da ação militar, as Forças Armadas de Israel emitiram ordens de evacuação na área, embora a detonação dos bombardeios tenha causado caos e pânico entre os moradores locais.
Histórico do Conflito
O conturbado histórico entre Israel e Hezbollah intensificou-se especialmente após o início da guerra em setembro de 2023, que resultou na morte de milhares de indivíduos e no deslocamento forçado de mais de 1,3 milhão de libaneses. A trégua mediada pelos Estados Unidos em novembro de 2024 foi uma tentativa de estabilizar a situação, promovendo a retirada das forças terrestres israelenses do sul do Líbano e buscando desarmar combatentes da Hezbollah na região.
Reação do Governo Israelense
Em resposta ao lançamento de foguetes, Israel não apenas atacou alvos do Hezbollah no sul do Líbano, mas o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, responsabilizou diretamente o governo libanês pelos ataques, prometendo uma resposta significativa a qualquer ameaça à segurança israelense. Essas reações acentuam a pressão sobre a já frágil relação entre os dois países e seus respectivos governos.
Preocupações Internacionais
A Coordenadora Especial das Nações Unidas para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, expressou profunda preocupação com o aumento dos ataques entre Israel e Hezbollah, alertando que um retorno a um conflito mais amplo traria consequências devastadoras para a população civil de ambos os lados da Linha Azul. Nesse contexto, o presidente libanês, Joseph Aoun, fez um apelo à comunidade internacional para que intervenha e assegure o cumprimento do acordo de trégua estabelecido anteriormente. A situação permanece instável, e as reações internacionais continuam a se intensificar à medida que os eventos se desenrolam.
