Neymar sofreu uma nova lesão muscular na coxa esquerda durante a vitória do Santos por 2 a 0 sobre o Atlético-MG, em 16 de abril de 2025, na Vila Belmiro. O atacante de 33 anos deixou o campo chorando aos 32 minutos do primeiro tempo, após sentir dores na região que o afastou por 40 dias anteriormente. Esta reestreia como titular no Brasileirão, usando a camisa 100 em homenagem ao centenário de jogos na Vila, tornou-se um momento simbólico de frustração acumulada.
Um Drama Físico e Contratual
O cenário se complica ainda mais com o contrato de Neymar se encerrando em 30 de junho. O Santos está buscando uma extensão, enquanto o jogador aguarda propostas de clubes europeus, aumentando a pressão sobre sua situação. O calendário apertado, que inclui o Mundial de Clubes em junho, intensifica a incerteza, com compromissos importantes se aproximando. Exames foram agendados para 17 de abril para avaliar o período de afastamento, que será crucial para os próximos jogos contra São Paulo (20/04), Bragantino (27/04) e CRB (30/04).
Impacto no Elenco Santista
Cesar Sampaio, o técnico interino do Santos, reconheceu a dependência excessiva da equipe em relação a Neymar, afirmando que "sem o Ney, perdemos o dobro da qualidade na criação. Ficamos dependentes de jogadas individuais". A equipe precisará se reestruturar, com Rollheiser assumindo um papel de improvisação no meio-campo, enquanto o departamento médico faz o possível para evitar um colapso físico embaixo de pressão.
Histórico Médico Alarmante
O histórico de lesões de Neymar é preocupante, com as seguintes informações:
- 2023 (Brasil): 0 jogos disputados devido à ruptura de ligamento no joelho.
- 2024 (Al-Hilal): 7 jogos, com lesões nos músculos posteriores da coxa.
- 2025 (Santos): 9 jogos de 18, com duas lesões na coxa esquerda.
Desde 2017, o atacante não consegue ultrapassar a marca de 31 jogos por temporada, tendo seu último jogo completo em 2025 acontecido em 23 de fevereiro contra a Inter de Limeira.
Um Cenário de Incertezas
Atualmente, o drama neymariano se desdobra em múltiplas camadas: a condição física se torna cada vez mais crítica, com edema na coxa esquerda exigindo novas avaliações; emocionalmente, seu choro no gramado reflete a frustração gerada pelas lesões recorrentes; e do ponto de vista contratual, a janela de transferências europeias em junho se aproxima, coincidindo com o fim do seu vínculo com o Santos. Com a torcida rezando por boas notícias, o relatório médico não apenas determinará o próximo passo de Neymar, mas também poderá desempenhar um papel chave em seu legado neste retorno ao Brasil.
