Durante o LlamaCon, evento realizado em 30 de abril de 2025, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, revelou que entre 20% e 30% do código da empresa é gerado por inteligência artificial. Essa informação surgiu em um painel ao lado de Mark Zuckerberg, CEO da Meta. O fenômeno é especialmente presente em novos projetos, no qual as capacidades da IA demonstram ser mais eficientes em linguagens como Python.
Com a adoção crescente de modelos generativos, Nadella informou que o percentual de código produzido por IA está aumentando. Contudo, ele também mencionou que existem desafios relacionados a bases de código legadas, especialmente as desenvolvidas em C++, que não atingem a mesma qualidade das novas implementações. Em contraste, Zuckerberg previu que a Meta poderá contar com a IA para auxiliar metade de seus desenvolvimentos dentro de um ano.
A geração de código automatizada pela IA ainda levanta preocupações sobre segurança. Estudos indicam que modelos comerciais apresentaram pacotes de código inseguros em 5,2% dos casos e versões open-source tiveram taxas de erro que chegaram a 21,7%. Apesar disso, Zuckerberg acredita que, com o tempo, a IA poderá "aumentar o nível de segurança", embora não tenha detalhado essa perspectiva.
Kevin Scott, CTO da Microsoft, prevê que até 2030, uma parcela de 95% do código global poderá ser gerada por IA. Ele, no entanto, enfatizou a importância da revisão humana nas decisões estratégicas. Para Nadella, a automação não substituirá os desenvolvedores, mas permitirá um foco maior em tarefas mais complexas, como arquitetura de sistemas e inovação.
A Microsoft tem investido amplamente em ferramentas como o GitHub Copilot, que já é utilizado por milhões de programadores. Simultaneamente, a Meta está desenvolvendo novos modelos de IA para auxiliar no aprimoramento de versões futuras do Llama, seu framework de linguagem natural. Esse movimento por produtividade via IA pressiona empresas e governos a estabelecerem padrões éticos e regulatórios.