O remaster que pegou todos de surpresa The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered foi lançado no dia 21 de abril de 2025, com uma estratégia de marketing que deixou os jogadores de queixo caído: um shadow drop, ou seja, um anúncio e lançamento simultâneos. Desenvolvido pela Bethesda Softworks, o jogo está disponível para PC e consoles da atual geração, prometendo modernizar um clássico de 2006 com gráficos em HD, mecânicas atualizadas e a inclusão de todos os DLCs lançados.
Prazos apertados e desafios internos Entretanto, o lançamento sem aviso prévio apresentou desafios internos significativos. Fontes internas relataram à Comando Geek que a equipe de desenvolvimento enfrentou prazos apertados, com a necessidade de finalizar texturas e ajustar o sistema de progressão, herança do jogo Skyrim. Um funcionário, falando sob condição de anonimato, desabafou:
"Revisitar um código de 19 anos exigiu horas extras que não foram compensadas. Sinto pena da nossa equipe".A Bethesda não comentou sobre as questões levantadas.
Expectativas versus realidade Embora o remaster tenha introduzido melhorias como iluminação dinâmica, modelos 3D refeitos e animações fluidas, muitos fãs expressaram descontentamento nas redes sociais. Comentários como
"NPCs ainda têm diálogos robóticos, só que em 4K"e
"O level scaling continua quebrado. Parece que estou jogando Oblivion com skin de Unreal Engine"refletem a frustração da comunidade que esperava mais do que apenas um upgrade gráfico.
A batalha entre a Bethesda e modders Enquanto isso, projetos de fãs como o Skyblivion, que recria Oblivion utilizando o motor de Skyrim, continuam em desenvolvimento. A Bethesda, ao tentar "oficializar" a nostalgia através de seu próprio remaster, se vê em uma batalha silenciosa com a criação dos modders. A comparação entre o remaster e o projeto dos fãs é inevitável:
O dilema dos remasters: um equilíbrio delicado Especialistas têm refletido sobre o dilema que envolve os remasters: a necessidade de preservar a essência de jogos clássicos enquanto tenta-se inovar. Contudo, Pedro Silva, da Comando Geek, ressalta que a estratégia de lançamento surpresa pode trazer mais harmonia ao marketing, mas também eleva as expectativas a um nível irreal. Ele afirma:
"Fãs querem a experiência original polida, não uma reinvenção. A Bethesda acertou nos gráficos, mas pecou na comunicação".Além desses desafios, o artigo convida o leitor a uma reflexão sobre o futuro dos remasters e a relação entre desenvolvedores e a comunidade de jogadores, cada vez mais exigente e atenta às mudanças. Um dilema que parece longe de ser resolvido.