A Polícia Civil de São Paulo retoma as investigações sobre o desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio Simon, que aconteceu há 40 anos no Pico dos Marins, em Piquete. O adolescente, então com 15 anos, desapareceu sem deixar vestígios durante uma expedição em 8 de junho de 1985, e a nova mobilização desperta esperanças entre familiares e comunidades a respeito da solução deste mistério que perdura por décadas.
Marco Aurélio desapareceu durante uma trilha realizada com três amigos e um líder adulto do grupo de escoteiros. As buscas, que envolveram policiais e bombeiros, se estenderam por 28 dias na região montanhosa, famosa por sua beleza natural e desafios. Apesar de todos os esforços, nenhuma pista concreta foi encontrada, levando ao arquivamento do inquérito. No entanto, depoimentos e novas evidências levaram à reabertura do caso.
Com o avanço das tecnologias forenses, a polícia decidiu investigar novamente utilizando drones de alta precisão e outras ferramentas modernas. Esse novo enfoque simultaneamente ao tempo perdido reacende a esperança de que possam ser encontradas pistas sobre o que aconteceu com Marco Aurélio. O pai do escoteiro, em várias entrevistas, expressou seu compromisso em continuar a busca por verdade e justiça, afirmando que jamais desistirá de encontrar seu filho.
O caso é notório, ganhando repercussão tanto nacional quanto internacional ao ser classificado pela revista Go Outside como um dos maiores mistérios de desaparecimentos do mundo. Essa história inspirou uma série documental que será lançada em breve pelo Globoplay, que abordará os detalhes do caso e as tentativas para desvendar o mistério ao longo dos anos.
Contudo, existem desafios legais pesando sobre a continuidade da investigação. O crime de desaparecimento de Marco Aurélio é considerado prescrito, o que significa que caso o responsável seja identificado, não haverá punição judicial em razão do tempo transcorrido. Apesar disso, as autoridades reafirmam o compromisso de manter a investigação ativa, sem descartar qualquer hipótese.
Com a marca de 40 anos se aproximando em 2025, a reabertura do caso trouxe à tona emoções intensas e a esperança de que respostas possam finalmente ser dadas aos familiares e à sociedade. O desaparecimento de Marco Aurélio Simon não é apenas uma questão investigativa, mas um capítulo doloroso que reverbera culturalmente, mantendo-se como um sinal da necessidade de justiça e esclarecimento em casos não resolvidos.