Na última semana, uma ação conjunta entre órgãos ambientais e a Polícia em São Paulo resultou no resgate de mais de 30 aves silvestres em cativeiro ilegal. O resgate ocorreu entre os dias 1º e 7 de maio de 2025, abrangendo diversas residências na capital e na Grande São Paulo. O objetivo principal da operação foi combater o tráfico de animais silvestres, além de preservar a fauna local.
A Divisão da Fauna Silvestre da Prefeitura de São Paulo coordenou os esforços de atendimento às aves resgatadas. Animais foram levados para unidades do CeMaCAS em pontos estratégicos da cidade, como o Parque Anhanguera e o Parque Ibirapuera, onde passaram por triagem e atendimento veterinário.
O protocolo de atendimento inclui exames laboratoriais para assegurar a saúde dos animais e evitar a propagação de doenças, como a gripe aviária, que demanda cuidados especiais na cidade. O papel dos veterinários é crucial na recuperação de aves debilitadas, muitas delas apresentando desidratação e ferimentos.
Esse resgate integra uma operação mais ampla de combate ao tráfico de animais silvestres, considerado crime ambiental pela legislação brasileira. Em colaboração com a Polícia Ambiental, os órgãos municipais intensificaram as fiscalizações e contaram com denúncias da população. Essas denúncias foram essenciais para a localização de cativeiros ilegais.
A Prefeitura destaca a importância da conscientização pública, incentivando os cidadãos a não adquirir animais silvestres como pets e a denunciarem casos de maus-tratos. Os munícipes são orientados a contatar a Divisão da Fauna Silvestre através de canais oficiais ao identificarem animais em situações de risco.
A presença de aves silvestres em áreas urbanas é comum, mas o cativeiro ilegal e o tráfico enfrentam a biodiversidade nas cidades. A reabilitação e a soltura desses animais exigem recursos e conhecimento técnico especializado.
Em resposta ao desafio, a Prefeitura de São Paulo está investindo na ampliação das unidades de manejo e conservação, além de promover eventos educativos para valorizar a fauna local. Um exemplo disso é a 18ª edição do Avistar, programada para maio de 2025, que é o maior evento de observação de aves do Brasil, ressaltando a importância do conhecimento sobre as espécies silvestres.