O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um anúncio significativo nesta quinta-feira, informando que as tarifas atualmente aplicadas sobre produtos chineses, que chegam a até 145%, podem ser reduzidas, desde que a China se mostre disposta a avançar nas negociações comerciais. A declaração veio durante a apresentação de um acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido na Casa Branca, e antecede uma importante reunião entre representantes americanos e chineses, programada para este fim de semana na Suíça.
Trump manifestou sua intenção de dialogar com o presidente chinês, Xi Jinping, com o objetivo de facilitar o curso das negociações. Essa declaração gerou uma reação positiva imediata nos mercados financeiros, com as bolsas de Nova York registrando um aumento de mais de 2% no índice Dow Jones.
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China tem gerado um aumento significativo nas tarifas, levando a taxas de até 145% sobre produtos chineses e 125% sobre itens americanos. Essa escalada tarifária trouxe como resultado uma série de impactos negativos na economia global, resultando em incertezas que afetam tanto o mercado quanto as empresas. A reunião, agendada para sábado (10) na Suíça, entre o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, é considerada um passo fundamental para a resolução do conflito comercial em curso.
Durante sua fala, Trump afirmou que "não é possível aumentar mais" as tarifas e destacou que "todos sabem que elas serão reduzidas". Ele enfatizou que a redução das tarifas está condicionada à disposição da China em negociar e abrir sua economia. Além disso, o presidente americano classificou o superávit comercial chinês com os EUA como "inaceitável" e expressou a expectativa de que a China tenha muito a ganhar com um acordo. Quando questionado sobre a possibilidade de uma conversa direta com Xi Jinping, Trump indicou que isso deve ocorrer, possivelmente após as negociações deste fim de semana.
A resposta dos mercados após a declaração de Trump foi notoriamente positiva. O Dow Jones, um dos principais índices da bolsa americana, acelerou sua alta, ao passar de 2%, refletindo o otimismo dos investidores a respeito da possibilidade de diminuição das tensões comerciais entre as duas principais economias do mundo. O mercado reage favoravelmente à expectativa de um acordo que possa estabilizar o comércio internacional e diminuir custos para empresas e consumidores.
A reunião de alto nível entre os EUA e a China na Suíça é vista como crucial para o desfecho das negociações comerciais. Trump expressou a expectativa de que as conversas sejam "substanciais", potencialmente abrindo caminho para a redução das tarifas e normalização das relações comerciais. O tom mais conciliador adotado pelo presidente dos Estados Unidos sugere uma mudança na abordagem de sua administração, com foco na busca de um acordo que beneficie ambas as partes e alivie as pressões sobre a economia global.
Este movimento de Trump representa uma importante reviravolta na guerra comercial, novamente destacando que o diálogo e a negociação podem prevalecer sobre a escalada tarifária. O desenrolar das negociações nas próximas semanas será decisivo para o futuro das relações econômicas entre os Estados Unidos e a China.