Em abril de 2025, a China enfrentou uma nova onda de desafios econômicos com a queda nos preços ao consumidor, que se registrou pelo terceiro mês consecutivo. Dados oficiais indicam que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) caiu 0,1% na comparação anual, refletindo uma profunda pressão deflacionária em meio a um cenário de desaceleração econômica e tensões comerciais com os Estados Unidos.
Os desafios enfrentados pela economia chinesa tornaram-se mais evidentes, com a guerra comercial em curso e uma insegurança crescente no mercado de trabalho. Isso resultou na redução da confiança não apenas entre consumidores, mas também entre as empresas. O ICP subiu 0,1% na comparação mensal, revertendo uma queda anterior de 0,4%, mas isso é visto mais como um alívio temporário do que uma mudança de tendência.
Entre as várias causas que contribuem para essa deflação, destaca-se a prolongada crise no mercado imobiliário, o endividamento elevado das famílias e a incerteza do emprego. Esses fatores têm resultado em um consumo e um investimento contidos.
A guerra comercial com os EUA está complicando ainda mais a situação, causando uma redução nas exportações e aumentando a insegurança nos negócios. Grandes varejistas, como JD.com e Freshippo, estão tentando redirecionar a produção para o mercado interno, mas isso pode agravar ainda mais as pressões deflacionárias.
A situação é ainda mais preocupante quando se considera o Índice de Preços ao Produtor (PPI), que em abril mostrou uma queda significativa de 2,7% na comparação anual. Essa foi a maior queda nos últimos seis meses, indicando que os custos dos produtores continuam a diminuir e que a demanda industrial permanece fraca.
As perspectivas para a economia da China em 2025 são desafiadoras, com revisões para baixo nas previsões de crescimento do PIB, que agora estão abaixo da meta oficial de 5% para o ano. No entanto, as recentes negociações comerciais realizadas na Suíça entre China e Estados Unidos trazem uma leve esperança de que as tensões possam ser amenizadas, o que, por sua vez, poderia ajudar a estabilizar a economia chinesa e os preços.
A continuidade e a evolução dessas negociações comerciais, juntamente com políticas internas eficazes, serão cruciais para a recuperação da China e para a eventual estabilização dos preços, fatores que impactam diretamente o bem-estar econômico de seus cidadãos.