Em Genebra, na Suíça, iniciaram-se as esperadas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, com a presença do Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e do Vice-Premier chinês, He Lifeng. O objetivo deste encontro, que reúne as duas maiores economias do planeta, é reduzir as tensões comerciais que têm aumentado nos últimos meses devido a tarifas elevadas impostas por ambos os países.
Atualmente, as tarifas aplicadas entre os dois gigantes econômicos alcançam níveis alarmantes, com os EUA estabelecendo uma tarifa combinada que chega a 145% sobre produtos chineses. Em resposta, a China adotou uma tarifa de 125% sobre as importações americanas. Essas medidas geraram um impacto significativo no comércio bilateral, que, em 2022, superou os 660 bilhões de dólares.
Embora as negociações em Genebra sejam um passo importante, os analistas não esperam grandes concessões de qualquer um dos lados no curto prazo. A expectativa é que He Lifeng adote uma postura de "modo de escuta", buscando compreender melhor as intenções dos EUA antes de tomar decisões relevantes. Avalia-se que qualquer redução nas tarifas, se acontecer, será mais simbólica do que efetiva, servindo principalmente para demonstrar progresso nas conversas.
A possível redução das tensões comerciais pode trazer um alívio para os mercados financeiros globais e beneficiar empresas que dependem do comércio EUA-China. Porém, a continuidade da falta de avanços significativos nas negociações pode manter elevada a incerteza econômica nesse contexto, impactando decisões de investimento e planejamento estratégico de várias empresa.
Para uma compreensão mais aprofundada sobre os desafios e as expectativas das conversas que ocorrem em Genebra, assista ao vídeo abaixo, que analisa as principais questões em pauta: