A startup chinesa Manus, especializada em inteligência artificial, conquistou um investimento de US$ 75 milhões liderado pela Benchmark, elevando sua avaliação para cerca de US$ 500 milhões. O anúncio do aporte aconteceu em abril de 2025, em meio a análises e revisões das autoridades americanas sobre investimentos estrangeiros. Esta injeção financeira destaca a confiança do Vale do Silício na tecnologia inovadora da Manus, que promete acelerar sua expansão global e aprimorar suas ferramentas de agentes de IA autônomos.
O capital injetado pela Benchmark representa um aumento significativo na avaliação da Manus, que cresceu cinco vezes desde a sua rodada anterior. O financiamento anterior somou pouco mais de US$ 10 milhões e contou com a participação de grandes nomes como Tencent e HSG (antiga Sequoia China). O montante impressionante reflete a confiança do mercado, mesmo frente a críticas sobre a maturidade do produto da Manus.
Manus ganhou destaque em março de 2025, quando apresentou seu agente de IA geral em uma demonstração que viralizou, mostrando habilidades que vão desde a triagem de currículos até o planejamento de viagens. Apesar do sucesso mediático, testes independentes revelaram que o desempenho do sistema não atendeu totalmente às expectativas, com falhas e interrupções observadas em tarefas específicas. Para monetizar sua tecnologia, a empresa lançou planos de assinatura que variam de US$ 39 a US$ 199 ao mês, alinhados aos preços de concorrentes como a OpenAI.
Com os novos recursos financeiros, a Manus se prepara para expandir sua operação em mercados estratégicos, incluindo os Estados Unidos, Japão e Oriente Médio. A entrada no mercado americano é vista como crucial, uma vez que é um dos principais alvos da startup, que busca competir com gigantes do setor. A estratégia de mercado, apoiada pela Benchmark, visa posicionar a Manus como uma forte concorrente global, aproveitando o crescente interesse por agentes de IA que automatizam processos complexos.
Este investimento da Benchmark levanta questões geopolíticas, especialmente em um momento de crescente tensão tecnológica entre os Estados Unidos e a China. A robustez da avaliação da Manus pode sugerir que a indústria de IA da China está mais próxima da americana do que muitos analistas imaginaram. Essa situação pode incitar revisões nas políticas de investimento estrangeiro dos EUA, enfatizando a necessidade de monitorar os impactos geopolíticos no setor de tecnologia.
O investimento de US$ 75 milhões na Manus representa um marco significativo, sinalizando não apenas confiança nas perspectivas da startup, mas também destacando o aumento da relevância da China no campo da inteligência artificial. À medida que a Manus se prepara para uma expansão ambiciosa e o aprimoramento de sua tecnologia, as autoridades americanas analisam o impacto desse tipo de investimento em um contexto geopolítico complexo e desafiador.