Em busca de tesouros ocultos, José Eduardo Claro, morador de Taubaté, no interior de São Paulo, possui uma impressionante coleção com mais de 200 moedas históricas datadas dos períodos colonial e imperial do Brasil. Desde que começou a praticar detectorismo, a jornada pela descoberta de relíquias antigas se tornou uma paixão e um hobby para ele.
O detectorismo é uma técnica que utiliza equipamentos específicos para rastrear metais no solo. José, de 44 anos, explicou que sua paixão começou há aproximadamente quatro anos, após adquirir um detector de metais com o intuito de encontrar um pote de moedas que havia enterrado há 25 anos no quintal da antiga casa da família. Desde então, ele expandiu suas buscas pelos terrenos e parques do Vale do Paraíba, onde encontrou uma variedade de itens históricos e artefatos.
Ao falar sobre sua experiência, José destacou que não vê essa atividade como um meio de ganhar dinheiro, mas sim como um lazer que proporciona contato direto com a natureza e a oportunidade de fazer novas amizades, inclusive com pessoas de outras cidades e países. "Detectorismo para mim é um hobby onde posso sair da rotina e ter contato direto com a natureza", disse ele.
Embora José Eduardo já tenha encontrado diversos objetos de valor, como anéis e correntes, seu maior desejo é continuar expandindo sua coleção de moedas. Ele mencionou que a peça mais antiga em seu acervo é datada de 1719. "Tenho uma coleção de mais de 200 moedas encontradas, do período colonial, imperial, república e várias de outros países", afirmou.
Apesar das relíquias encontradas não possuírem alto valor monetário, pois muitas estão corroídas devido ao tempo em que ficaram enterradas, para José, cada item tem um valor histórico inestimável, e ele cuida deles com grande zelo. "Eu não tenho nenhuma moeda bem valiosa, falando de valor. Geralmente moedas valiosas são as de prata ou de ouro, e dessas não tenho", explicou.
José também compartilha sua jornada de detecção nas redes sociais, onde inspira outros a embarcarem nesse hobby. Recentemente, sua coleção foi convidada para uma exposição no Museu Histórico e Pedagógico Dom Pedro I e Dona Leopoldina, em Pindamonhangaba, que está aberta ao público até o dia 2 de junho. A entrada é gratuita e o museu funciona de terça a domingo, das 9h às 17h, exceto feriados, localizado na rua Mal. Deodoro da Fonseca, 260 - Jardim Boa Vista, em Pinda.