Doom: The Dark Ages, a mais nova adição à icônica franquia, apresenta uma mistura emocionante de ação e uma narrativa techno-medieval. Embora o jogo chegue com algumas imperfeições, a experiência de jogar se destaca pela adrenalina e emoção que proporciona. Após o épico fechamento da narrativa em Doom Eternal: The Ancient Gods, onde o Doom Slayer derrota o criador de todas as coisas, muitos aguardavam um encerramento definitivo. No entanto, a id Software optou por explorar um período crucial da história do Slayer, muito antes dos eventos de Doom (2016), retornando ao mundo de Argent D’Nur, onde o Slayer é controlado pelos Maykrs e enfrenta hordas de demônios.
A campanha de Doom: The Dark Ages inicia-se com o Slayer sob controle mental dos Maykrs, impulsionado por sua feroz necessidade de combate. Os jogadores são rapidamente entregues ao controle de um Slayer desencadeado, prontos para desmembrar inimigos com sua brutalidade habitual. A nova entrega não só apresenta uma jogabilidade envolvente, mas também expande a narrativa, dando espaço para cinematics mais impactantes que embutem uma estética semelhante à de Warhammer 40K. O foco em desenvolver o mundo e os personagens de Argent D’Nur é evidente, embora a presença de personagens humanos seja limitada, sem se tornarem verdadeiras companhias do Slayer.
As cutscenes, embora impressionantes, servem principalmente para enfatizar a escala da guerra em Argent D’Nur, enquanto a essência de ação direta do Slayer é mantida. A grande mecânica de combate combina elementos clássicos de Doom com inovações como um sistema de parry, permitindo ao jogador adaptar sua estratégia conforme o tipo de inimigo encontrado, uma mudança bem-vinda que desafia o jogador a se adaptar. As batalhas são enriquecidas com novos equipamentos, como o Skullcrusher, que ressalta a abordagem gótica medieval do jogo.
No entanto, a campanha apresenta altos e baixos, com momentos de pura adrenalina seguidos por trechos que se arrastam. A música, embora não atinja os picos de Mick Gordon, complementa a ação de forma eficaz. Um novo recurso, que são as sequências de pilotagem de dragões, promete combate aéreo emocionante, mas pode se tornar repetitivo e frustrante rapidamente devido à sua simplicidade e falta de inovação. Enquanto a luta a pé com demônios é intensa e satisfatória, as experiências de pilotar dragões acabam parecendo um obstáculo em cima de um jogo repleto de ideias ambiciosas.
Esteticamente, o jogo brilha, e a transição para o PlayStation 5 foi feita de forma técnica primorosa, apresentando detalhes sem comprometer o desempenho. A estrutura de mundo aberto, que busca dar liberdade ao jogador, traz uma decepção ao diluir o foco na narrativa, com muitas distrações e objetivos obscuros. A busca por coletáveis, apesar de gratificante, não traz a mesma sensação de realização que o hub de Doom Eternal. Por fim, Doom: The Dark Ages se destaca como um shooter fenomenal, oferecendo combates empolgantes e um cenário rico, embora sua falta de consistência narrativa o impeça de alcançar o mesmo nível de excelência visto em títulos anteriores.
O lançamento está marcado para 15 de maio de 2025, e a expectativa é alta para ver como o game será recebido pelo público.
Crítica por: Timothy Timaugustin Augustin, um amante inveterado de filmes, séries e videogames.