KG Motors apresenta o Mibot, um carro elétrico compacto e acessível para o mercado japonês. Reprodução: Globo
O Mibot, um carro elétrico compacto da KG Motors, está fazendo história no Japão ao superar as vendas dos modelos elétricos da Toyota, em um mercado fortemente dominado por veículos convencionais. Com apenas 1,5 metro de altura e assento único, este veículo oferece uma alternativa acessível e eficiente, custando apenas US$ 7 mil.
Com uma autonomia de 100 km, o Mibot é uma resposta à crescente demanda por carros menores e mais práticos, especialmente em áreas urbanas e suburbanas. Sua produção sob demanda e design minimalista têm atraído além dos consumidores individuais, refletindo uma mudança nas preferências dos motoristas japoneses por veículos mais compactos.
O Japão ainda apresenta resistência à adoção em massa de veículos elétricos, com vendas em 2023 representando apenas 3,5% do total de automóveis. Nesse cenário, a KG Motors se destaca por adotar um modelo que desafia a noção de que carros maiores são sempre melhores. O fundador e CEO, Kazunari Kusunoki, argumenta que as ruas estreitas do Japão pedem soluções mais práticas.
O design do Mibot assemelha-se mais a um carrinho de golfe futurista. Com velocidade máxima de 60 km/h e tempo de recarga de apenas cinco horas, ele se torna um veículo ideal para as necessidades cotidianas, especialmente em áreas onde o transporte público é insuficiente.
"Os carros são simplesmente grandes demais," afirmou Kusunoki.
A KG Motors prevê que a produção inicial de 300 unidades do Mibot seja entregues até meados de 2026, com planos de avançar para 10 mil carros por ano. Embora a empresa espere prejuízos inicialmente, o objetivo é alcançar equilíbrio financeiro em breve. A startup está atualmente obtendo certificações necessárias para começar a comercializar claramente um produto inovador.
O Mibot representa uma nova era para o setor automotivo japonês, oferecendo uma solução viável e adaptada ao contexto local. Até agora, a empresa já recebeu 2.250 pedidos, a maioria de indivíduos que já possuem pelo menos um veículo. "Nas áreas rurais, o transporte público deixou muito a desejar. Ter um carro é cada vez mais necessário”, conclui Kusunoki.