Yuki Tsunoda está enfrentando um momento difícil na Red Bull Racing, sob pressão constante após assumir o volante do neozelandês Liam Lawson. Desde sua estreia em um Grande Prêmio no Japão, Tsunoda conseguiu somar apenas sete pontos, em um cenário onde seus resultados têm sido considerados abaixo do esperado.
A Red Bull Racing prometeu dar tempo ao piloto para se adaptar ao carro e à Fórmula 1, mas a pressão se intensifica na medida em que o novato francês Isack Hadjar, do time B, Racing Bulls, se destaca. Tsunoda, que vive um jejum de três corridas sem pontuar, admitiu sentir essa pressão durante uma recente entrevista, mencionando as dificuldades enfrentadas no GP do Canadá.
“O sábado no Canadá foi um dia complicado, a penalidade de dez posições não ajudou”, declarou Tsunoda em entrevista ao Marca. Ele também comentou sobre a perda de tempo em treinos livres, o que dificultou sua compreensão sobre o carro após as novas atualizações. Apesar de sentir que o carro estava melhor em comparação às corridas passadas, o desempenho recente aumentou o peso sobre seus ombros.
“Você quer estar no mais alto nível possível, mas gosto do desafio. Estou sob muita pressão. Não é sempre que gosto, mas é uma oportunidade de melhorar”, afirmou o piloto japonês, ciente de que seu futuro na equipe depende de resultados mais consistentes.
A incerteza sobre quanto tempo Tsunoda permanecerá na RBR ao lado de Max Verstappen é palpável, especialmente com a ascensão de Hadjar, que já recebeu perguntas sobre a possibilidade de assumir o carro da equipe principal. “Não me vejo pronto”, disse Hadjar, em resposta às especulações.
A troca de Lawson por Tsunoda, confirmada em março pela RBR, caiu como uma bomba. A equipe havia promovido Lawson, mas a troca reforçou a reputação da RBR como uma verdadeira “trituradora de pilotos”, caracterizada por sua impaciência e pela busca por resultados imediatos.
Desde 2001, a Red Bull Racing tem investido na formação de jovens talentos dentro da Fórmula 1. A academia de pilotos da RBR se consolidou como uma das mais respeitadas do automobilismo, mas é também notoriamente conhecida por descartar rapidamente aqueles que não conseguem mostrar resultados. Isso se deve à filosofia de Helmut Marko, que lidera o programa e possui baixa tolerância a erros.
A trajetória de muitos pilotos da RBR ilustra essa realidade, com poucos se destacando verdadeiramente. O programa já viu grandes promessas, como Sebastian Vettel e Max Verstappen, alcançarem grandes conquistas, enquanto outros, como Christian Klien e Pierre Gasly, enfrentaram reveses que os levaram a serem descartados pela equipe.
A história de Max Verstappen, que entrou na RBR após a saída de Daniil Kvyat, e a troca de Gasly por Alexander Albon, apenas confirmam a pressão e as dificuldades enfrentadas por quem faz parte dessa estrutura. Assim, Tsunoda se vê em uma posição delicada, com o futuro incerto e a necessidade de resultados que possam garantir sua permanência na elite do automobilismo.